Notícia
Costa aponta dedo à PT por colapso no SIRESP
De acordo com o Expresso, Costa já teria falado sobre esta questão com o ‘patrão’ da Altice, Patrick Drahi. Governo está a pressionar a empresa que gere o SIRESP enquanto negoceia com a PT.
12 de Agosto de 2017 às 10:39
O primeiro-ministro, António Costa, disse que as falhas do SIRESP resultaram "do colapso" da Portugal Telecom (PT), numa entrevista concedida ao jornal Expresso, que publica hoje parte da conversa com o líder do executivo.
"O colapso do SIRESP resultou do colapso da rede da PT", declarou ao jornal o primeiro-ministro.
Segundo o Expresso, o Governo responsabiliza a PT "pelas falhas de comunicação na tragédia de Pedrógão Grande e quer forçar a empresa a melhorar a sua rede em áreas potenciais de incêndio, substituindo cabos aéreos (como os que arderam em Pedrógão) por cabos subterrâneos nas estradas que já disponham de calhas técnicas para o efeito – mas que estão vazias".
"É inadmissível que as redes de comunicações junto as estradas nacionais que já têm calhas técnicas não estejam enterradas e continuem com os cabos aéreos", disse Costa.
De acordo o jornal, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, está a pressionar a empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, está a negociar com a PT e António Costa já teria falado sobre esta questão com o ‘patrão’ da Altice, Patrick Drahi, que controla a PT.
O primeiro-ministro, segundo o jornal, não comentou as informações sobre as pressões à empresa de telecomunicações.
António Costa remeteu as suas declarações para as conclusões do relatório preliminar do Instituto de Telecomunicações, divulgado esta semana.
"O que falhou foi que grande parte daquela rede (de emergência, do SIRESP) assenta na rede fixa da PT; a rede fixa da PT assenta em cabos aéreos que, obviamente, numa zona florestal que está a arder, ardem. E, portanto, colapsam as comunicações", disse Costa.
O primeiro-ministro afastou, contudo, intervenções drásticas, como nacionalizar o SIRESP ou "rasgar" o contrato.
"A nacionalização ou qualquer uma dessas medidas não resolveria o problema", declarou Costa, tendo sido o próprio a assinar o contrato com o SIRESP quando era ministro da Administração Interna, em 2005.
O primeiro-ministro referiu que outras medidas estão a ser tomadas para a resolução do problema.
A ministra da Administração Interna, segundo Costa, "está precisamente neste momento a trabalhar com o SIRESP para que seja dotado das redundâncias necessárias para que este sistema não falhe, além de já ter assegurado o funcionamento pleno de quatro carrinhas que asseguram a ligação a satélite que permita restabelecer as ligações em caso de colapso da rede fixa da PT".
De acordo com o Expresso, o Governo está a pressionar o próprio SIRESP a exigir melhores serviços da PT.
Ainda segundo o jornal, Pedro Marques está a liderar as conversas com a PT, "mas também a baixar os custos a suportar pela empresa para que os cabos possam ser enterrados nas calhas técnicas".
"O custo é o principal obstáculo levantado pela PT, que terá de pagar não só pela passagem dos cabos aéreos para subterrâneos como terá de passar a suportar custos pela passagem dos cabos", de acordo com o jornal.
O Expresso referiu ainda que o "Governo prepara-se para anunciar uma descida dos preços cobrados pelas Infraestruturas de Portugal (IP)" e, na próxima segunda-feira, "os preços cobrados pela IP para a oferta comercial de Canal Técnico Rodoviário terão uma descida de 50%".
Este novo preçário teve a concordância dos dois reguladores do setor, a ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
A entrevista na íntegra com António Costa será divulgada pelo Expresso na próxima semana
"O colapso do SIRESP resultou do colapso da rede da PT", declarou ao jornal o primeiro-ministro.
"É inadmissível que as redes de comunicações junto as estradas nacionais que já têm calhas técnicas não estejam enterradas e continuem com os cabos aéreos", disse Costa.
De acordo o jornal, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, está a pressionar a empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, está a negociar com a PT e António Costa já teria falado sobre esta questão com o ‘patrão’ da Altice, Patrick Drahi, que controla a PT.
O primeiro-ministro, segundo o jornal, não comentou as informações sobre as pressões à empresa de telecomunicações.
António Costa remeteu as suas declarações para as conclusões do relatório preliminar do Instituto de Telecomunicações, divulgado esta semana.
"O que falhou foi que grande parte daquela rede (de emergência, do SIRESP) assenta na rede fixa da PT; a rede fixa da PT assenta em cabos aéreos que, obviamente, numa zona florestal que está a arder, ardem. E, portanto, colapsam as comunicações", disse Costa.
O primeiro-ministro afastou, contudo, intervenções drásticas, como nacionalizar o SIRESP ou "rasgar" o contrato.
"A nacionalização ou qualquer uma dessas medidas não resolveria o problema", declarou Costa, tendo sido o próprio a assinar o contrato com o SIRESP quando era ministro da Administração Interna, em 2005.
O primeiro-ministro referiu que outras medidas estão a ser tomadas para a resolução do problema.
A ministra da Administração Interna, segundo Costa, "está precisamente neste momento a trabalhar com o SIRESP para que seja dotado das redundâncias necessárias para que este sistema não falhe, além de já ter assegurado o funcionamento pleno de quatro carrinhas que asseguram a ligação a satélite que permita restabelecer as ligações em caso de colapso da rede fixa da PT".
De acordo com o Expresso, o Governo está a pressionar o próprio SIRESP a exigir melhores serviços da PT.
Ainda segundo o jornal, Pedro Marques está a liderar as conversas com a PT, "mas também a baixar os custos a suportar pela empresa para que os cabos possam ser enterrados nas calhas técnicas".
"O custo é o principal obstáculo levantado pela PT, que terá de pagar não só pela passagem dos cabos aéreos para subterrâneos como terá de passar a suportar custos pela passagem dos cabos", de acordo com o jornal.
O Expresso referiu ainda que o "Governo prepara-se para anunciar uma descida dos preços cobrados pelas Infraestruturas de Portugal (IP)" e, na próxima segunda-feira, "os preços cobrados pela IP para a oferta comercial de Canal Técnico Rodoviário terão uma descida de 50%".
Este novo preçário teve a concordância dos dois reguladores do setor, a ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
A entrevista na íntegra com António Costa será divulgada pelo Expresso na próxima semana