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Comissão técnica propõe revisão da estrutura empresarial do SIRESP

Considerado pela comissão técnica independente um sistema obsoleto, é, no entanto, feito um conjunto de propostas para o actual SIRESP, que se manterá activos durante algum tempo.

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As críticas ao SIRESP, por ocasião do incêndio de Pedrógão Grande, foram muitas, já que houve falhas de comunicações de quem estava no combate às chamas.

A comissão técnica independente, que considera o sistema obsoleto, faz um conjunto de propostas em relação ao SIRESP, nomeadamente a revisão "da estrutura empresarial do SIRESP, a qual integra na actualidade empresas insolventes, em processo de revitalização ou de credibilidade duvidosa".

O SIRESP tem na sua estrutura accionista empresas como a Galilei (33%), em insolvência, a Datacomp (9,55%), em processo de revitalização, além da Esegur (12%), Meo (30,55%) e Motorola (14,9%).

O contrato do Estado com esta empresa termina em 2021, pelo que a comissão técnica independente propõe que se revisite as condições do concurso na parte de instalação da fibra óptica e na "impossibilidade de escolher no mercado equipamentos que possam ser fornecidos nas melhores condições de preço e qualidade".

Noutras propostas da comissão independente, que analisou o que se passou em Pedrógão Grande, sugere-se que se aumente o número de antenas móveis, distribuindo-as "criteriosamente" pelo território de acordo com as áreas de maior risco, introduzindo-se também normas de gestão das comunicações, estabelecendo prioridades nas comunicações. 

Um dos pontos abordados por António Costa da infra-estrutura não se enterrada, o relatório propõe que se garanta que a "rede de fibra óptica utilize, sempre que possível, as condutas subterrâneas existentes ao longo dos itinerários rodoviários".

Também se sugere que se explore a "possibilidade de garantir que as comunicações se possam desenvolver, de forma redundante, através de feixes hertzianos ou, com maior expressão, de ligações por satélite, podendo estas últimas serem limitadas às áreas geográficas abrangidas por catástrofes e activadas por períodos limitados".

A comissão técnica ataca as falhas que o SIRESP teve. "O sistema de comunicações deve estar preparado para acudir a todos os locais, mesmo os mais inacessíveis, para debelar os seus efeitos, para socorrer as pessoas, para defender o património e para preservar o ambiente", lê-se no relatório.

Além das propostas e das críticas, o relatório aponta várias vezes a tecnologia (Tetra) utilizada pelo SIRESP, dizendo ser obsoleta. "A rede de telefones móveis é, genericamente, muito mais avançada tecnologicamente que o sistema Tetra (tecnologia 2G)". Por isso, se propõe que se avance "com um período de análise de outros sistemas de comunicação existentes, tecnologicamente mais avançados (3G ou 4G), criando um roteiro capaz de avaliar e seleccionar as melhores soluções para o sistema de comunicações de emergência".
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