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Carlos César pede maioria absoluta para o PS em 2015

O novo presidente dos socialistas não deixou margem para dúvidas. O PS vai lutar para em 2015 conseguir conquistar uma maioria absoluta nas legislativas. César reconheceu que a governação socialista não foi isenta de erros.

29 de Novembro de 2014 às 13:07
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O novo presidente do PS aponta para a maioria absoluta nas eleições legislativas de 2015. É necessário substituir um "Governo que está insolvente" e é preciso que o Presidente da República tenha "capacidade de intervenção" e um "magistério activo". Por outro lado, será necessário ter uma voz activa na Europa e governar com uma "agenda estratégica". É por isso que "pedimos a maioria absoluta dos votos", porque o "estabelecimento de compromissos interpartidários tem grandes fragilidades no nosso país".

 

A primeira crítica de César foi à austeridade. "Os desequilíbrios macroeconómicos estão à vista. A austeridade não pode ser transformada num pensamento único. Não se pode transformar, como fez o actual Governo, numa restrição desinteligente e universal", sublinha Carlos César. "Deve ser entendida como uma medida de boa gestão entre poupança, reforma e eficiência cujos resultados não deixem de ajudar a economia e não colidam com a dignidade humana"

 

"Um socialista do PS não compreende como se pode viver com Estado a mais nem com Estado a menos", afirmou. "Compete-nos trabalhar para afastar a vulgarização" de que "um Estado solidário é um Estado tendencialmente perdulário". "Compete-nos afrontar um tempo em que factores de desenvolvimento como a cultura, ciência e inovação, sejam de iniciativa pública ou privada, são desconsiderados".

 

César diz que o PS "deve estar no epicentro de uma nova solução de diálogo e no estabelecimento de novos compromissos na Europa, provando com a máxima clareza que é possível governar com sucesso". E isso "quer dizer que, no momento crucial que o país atravessa" é necessário "governar com agenda estratégica" e fazer "compromissos".

 

"É por isso que pedimos a maioria absoluta dos votos, porque o estabelecimento de compromissos interpartidários tem grandes fragilidades no nosso país". Isso acontece porque "à esquerda do PS temos no PCP e no Bloco de Esquerda a esquerda que só tem sido útil à direita, e no Governo PSD/CDS temos partidos a mais". "A alternativa só fica consolidada se conseguirmos uma grande vitória do PS, é nisso que devemos pensar, é para isso que devemos trabalhar".

 

Governação socialista não foi isenta de erros

 

Carlos César também voltou atrás no tempo. "É certo que a governação socialista não foi isenta de riscos e de erros", nomeadamente na questão "da dívida", mas "dela indiscutivelmente resultaram benefícios económicos e sociais", sublinhou. A verdade, porém, é que "a situação de crise que atingiu o país, agravada pela desgovernação dos últimos três anos, teve origens predominantemente externas" e foi uma "crise que se adensou em resultado da indecisão e demora das instituições europeias".

 

O novo presidente do PS deixou ainda críticas a Cavaco Silva. "É essencial que o Presidente da República entenda o valor da inovação e da mudança, que confira àquele alto cargo a legitimidade e sentido apartidário".

 

É necessário um Presidente "que devolva a capacidade de intervenção" e "um magistério mais activo". "Precisamos de um Presidente que reabilite a percepção perdida nos últimos dois mandatos em quem em Belém mora". "Tem que morar um Presidente de todos os portugueses", pediu.

 

"É nisso que temos de nos empenhar, é nisso que Portugal também tem de mudar".

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