Carlos César é o novo presidente do PS. O mandatário da candidatura de António Costa às primárias foi, como se previa, eleito para o cargo até agora ocupado por Maria de Belém Roseira. Na primeira votação do congresso, César amealhou 985 votos dos congressistas. Na sua primeira declaração, o açoriano prometeu trabalho. "Tudo farei para honrar o mandato que me foi conferido", garantiu. O XX Congresso socialista começa este sábado na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.

Antes do discurso de aceitação do cargo, Maria de Belém Roseira encerrou simbolicamente o seu mandato com uma comunicação ao congresso, em que desejou as "maiores felicidades" ao seu sucessor, e em que fez um balanço dos três anos e que presidiu ao PS, lançando críticas ao Governo. "A austeridade expansionista utilizada como fé" é "um erro", lamentou.

"Esta é a época onde o exercício da acção" do PS, "se ganhar as próximas eleições, não se esgota na cena nacional, onde a transversalidade das políticas é requisito e a solidariedade intergeracional uma exigência". Maria de Belém afirma que "o PS saiu reforçado das primárias que escolheram o candidato a primeiro-ministro". "Demonstrou arrojo e vanguardismo e nada mais ficará igual na cena política portuguesa. Depois de ser o primeiro partido a introduzir eleições directas ousou rasgar nova porta com as primárias", destacou.

"Os desafios são enormes e só serão ultrapassados com inteligência, com disposição social para cooperar que envolva todos aqueles que querem fazer de Portugal um país com bom nome e um país vencedor", assinalou.

A tomada de posse de Carlos César foi preenchida com a Sinfonia Nº 4 de Brahms a ecoar no sistema de som.