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Notas de 500 euros próximas do fim? Organismo anti-fraude diz que seria melhor

O argumento do organismo europeu não é novo: as notas de elevado valor são as mais utilizadas em actividades ilícitas. Todas as notas de 500 euros somadas significam 28% do total do valor de euros em circulação.

Bloomberg
25 de Janeiro de 2016 às 19:41
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O organismo anti-fraude da União Europeia aconselhou a UE a retirar de circulação as notas de euro com maior valor facial – 500 euros – dada a maior propensão para o seu uso em actividades ilegais e corrupção.

"Pergunto-me se ainda há necessidade de notas de valor elevado, como a de 500 euros, tendo em conta que estas tornam mais fácil a vida dos criminosos", disse à Reuters Giovanni Kessler, presidente do OLAF, sigla em inglês para designar o organismo europeu anti-fraude que em 2014 detectou situações ilegais envolvendo cerca de 900 milhões de euros.

A adopção de uma nota de 500 euros – a mais elevada de um conjunto de sete denominações que se iniciam nas de cinco euros – é explicada pela Reuters como indo ao encontro do desejo de Berlim, que procurava encontrar uma designação que substituísse a nota alemã de maior valor até à chegada da moeda única – a de mil marcos – e responder à utilização preferencial de dinheiro físico por parte dos alemães, em vez do uso de meios de transacção electrónica.

No final de 2015, as notas de 500 euros representavam 3% do total de notas em circulação. Contudo, em valor, representavam 28% do total de notas de euro nas mãos dos utilizadores.

Desde 2010 que as autoridades britânicas proibiram as casas de câmbio de aceitar a designação de 500 euros para troca. Na altura, segundo as autoridades, nove em cada dez notas de 500 euros eram utilizadas em actividades criminosas.

No Reino Unido a nota mais elevada é a de 50 libras (equivalente a 65,76 euros) e nos EUA a de 100 dólares (92,26 euros ao câmbio actual). Já a nota de mil francos suíços está cotada em 908 euros.

O Banco Central Europeu – que está incumbido da emissão de notas – não quis comentar a proposta do OLAF.

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