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BCE tomará "em breve" decisão sobre notas de 500 euros

O uso da mais alta denominação em euros em actividades ilegais e corrupção está a ser investigado pelas autoridades europeias. O organismo anti-fraude já aconselhou a sua retirada de circulação.

Bloomberg
11 de Fevereiro de 2016 às 11:27
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O Banco Central Europeu (BCE), responsável pela emissão de divisas denominadas em euros, admite estar a analisar o futuro das notas de 500 euros – as de maior valor e que têm sido crescentemente associadas a actividades criminosas e lavagem de dinheiro.


A avaliação do destino destas notas foi assumida por Benoît Coeuré, membro da comissão executiva do BCE, em entrevista ao jornal Le Parisien, publicada esta quinta-feira 11 de Fevereiro e citada pela Reuters.


"As autoridades competentes vêm suspeitando de que [as notas] estão a ser usadas para fins ilegais, um argumento que já não podemos ignorar. (…) Estamos a analisar activamente este assunto e vamos tomar uma decisão em breve", assegurou Coeuré.


Segundo o responsável, o fim para que foi desenhada a nota – pagamentos de elevadas quantias – foi progressivamente substituído por transacções electrónicas, pondo em causa a existência da maior denominação física em euros. Contudo, assegurou que uma possível retirada de circulação da nota "nada tem a ver com política monetária".


No início de Fevereiro a Comissão Europeia formalizou o início de uma investigação para avaliar a relação entre a circulação destas notas e o financiamento de actividades ilícitas, além da introdução de medidas para garantir maior transparência na movimentação de fundos.

Uma semana antes, o organismo anti-fraude da União Europeia aconselhou a retirada da nota com maior valor facial dada a sua propensão para o seu uso em actividades ilegais e corrupção.


No final de 2015, as notas de 500 euros representavam 3% do total de notas em circulação. Contudo, em valor, representavam 28% do total de notas de euro nas mãos dos utilizadores.

Desde 2010 que as autoridades britânicas proibiram as casas de câmbio de aceitar a designação de 500 euros para troca. Na altura, segundo as autoridades, nove em cada dez notas de 500 euros eram utilizadas em actividades criminosas. 

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