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Christine Lagarde admite que confiança no BCE caiu com subida da inflação
Numa altura em que as famílias estão mais atentas e mais preocupadas com inflação, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) reafirmou o compromisso de fazer regressar a taxa à meta de 2%.
"Grande parte dos anos 2010, a confiança líquida no BCE caiu para níveis negativos. E apesar da confiança média ter aumentado após a nossa rápida resposta à pandemia, voltou a cair novamente juntamente com a recente subida na inflação", diz a francesa, num seminário em Londres sobre comunicação, em que sublinha as alterações nos últimos anos.
A importância da comunicação defendida pela presidente do BCE prende-se com a relevância da expectativas de inflação na estratégia de domar a escalada dos preços. Num ambiente de inflação elevada, as famílias estão mais atentas, sendo que esta tornou-se uma das preocupações mais prementes dos europeus, de acordo com a líder, que cita o Inquérito às Expectativas dos Consumidores do BCE, onde mais de 60% das famílias declararam, no início do ano, que estavam a prestar mais atenção à inflação do que no passado.
"Neste contexto, é fundamental não só tomar medidas decisivas para fazer baixar a inflação, mas também comunicar eficazmente para garantir que as expectativas de inflação a médio prazo permaneçam ancoradas durante o processo. Mais do que nunca, transmitir de forma credível que a inflação regressará ao nosso objetivo de 2% a médio prazo tem sido vital para ajudar a evitar que se instale uma dinâmica inflacionista auto-realizável", acrescenta.