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Fed vê mais motivos para corte de juros

As atas da última reunião da Reserva Federal dos EUA mostram que os responsáveis do banco central deixaram de referir a ‘abordagem paciente’’ relativamente a uma mexida nas taxas de juro, tendo visto mais motivos para uma redução da taxa diretora.

Reuters
10 de Julho de 2019 às 19:30
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Desde o início do ano que os responsáveis pela política monetária da Reserva Federal (Fed) vinham a dizer que a abordagem "paciente" a qualquer mexida nos juros diretores era adequada "durante algum tempo". Nas atas do banco central relativas à reunião de 30 de abril e 1 de maio, essa postura foi reiterada.

 

Mas agora mudou. Nas atas hoje divulgadas respeitantes à reunião da Fed nos dias 18 e 19 de junho, muitos responsáveis do banco central consideraram que as incertezas e os riscos de desaceleração económica no país aumentaram significativamente, reforçando a justificação para um corte dos juros.

 

"Muitos [dos responsáveis] disseram que a política monetária acomodatícia estaria garantida no curto prazo se os recentes desenvolvimentos provassem ser sustentadose continuassem a pesar no panorama económico", referem as atas do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla original).

 

Vários membros afirmaram que um corte dos juros no curto prazo estava assegurado, no âmbito da perspetiva de gestão do risco, porque isso "ajudará a amortecer os efeitos de possíveis choques adversos futuros na economia".

 

A próxima reunião de política monetária vai decorrer nos dias 29 e 30 de julho. Os investidores tinham vindo a optar por uma abordagem mais prudente desde o início da semana, especialmente depois de os bons dados do emprego nos EUA, divulgados na sexta-feira, terem eclipsado as apostas num corte de juros de 50 pontos base por parte da Fed na reunião do final deste mês.

 

Após estes dados, muitos analistas ainda acreditavam que pudesse haver uma redução da taxa diretora em julho, mas apenas de 25 pontos base. Mas hoje o presidente da Fed, Jerome Powell, falou perante o Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes (que, com o Senado, compõe o Congresso) e reiterou que a incerteza é elevada e que a Fed vai atuar de forma apropriada. O que volta a trazer para cima da mesa a possibilidade de um corte de 50 pontos base.

Só o facto de as palavras de Powell terem sido recebidas como um sinal de que os juros do outro lado do Atlântico vão descer foi o suficiente para levar as bolsas dos EUA a atingirem novos máximos históricos.

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