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Abertura dos mercados: Powell continua a impulsionar bolsas e petróleo atinge máximo de maio

A abertura da sessão nas bolsas europeias é quase uma réplica do fecho da de ontem, uma vez que as declarações de Jerome Powell continuam a impulsionar as bolsas e a penalizar o dólar. Já o petróleo e o ouro mantém a tendência de alta.

EPA
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,69% para 5.188,43 pontos

Stoxx 600 valoriza 0,23% para 388,03 pontos

Nikkei valorizou 0,51% para 21.643,53 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,5 pontos base para 0,479%

Euro valoriza 0,18% para 1,1271 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,3% para 67,21 dólares o barril

 

Efeito Powell chega às bolsas europeias … 

As bolsas europeias sobem pela primeira vez em cinco sessões, estando esta quinta-feira a beneficiar com as palavras de Jerome Powell, que já ontem tinham levado Wall Street para recordes. O presidente da Reserva Federal norte-americana, que discursou quarta-feira perante o Congresso dos Estados Unidos, sinalizou um corte de juros no final deste mês, no sentido de apoiar o crescimento da economia norte-americana.

Depois de descer 1,4% nas últimas quatro sessões, o Stoxx600 segue a valorizar 0,23% para 388,03 pontos, numa altura em que os investidores esperam agora pelas atas do Banco Central Europeu (BCE), que também podem dar mais pistas sobre a possibilidade da autoridade monetária descer juros em breve.

 

A britânica Reckitt Benckiser destaca-se do lado dos ganhos (+2,57%), depois de ter chegado a acordo com as autoridades norte-americanas sobre a venda de um medicamento.

 

Em Lisboa o PSI-20 segue o desempenho e também recupera de quatro sessões em queda. O índice soma 0,69% para 5.188,43 pontos e está a ser impulsionado sobretudo pela Galp Energia, que aproveita a forte subida das cotações do petróleo para valorizar 1,22% para 13,66 euros.

 

... e continua a penalizar o dólar

A divisa norte-americana continua a ser castigada pelas declarações de Powell, que de acordo com vários analistas abre a porta a um corte de 50 pontos base na reunião de política monetária que vai acontecer a 30 e 31 de julho. O índice do dólar cede 0,2% e o euro está a valorizar 0,18% para 1,1271 dólares.


Na perspetiva da Fed, as preocupações em torno da política comercial e a fraca evolução da economia global "continuam a pesar nas perspetivas para a economia dos Estados Unidos", pelo que o banco central se mantém "preparado para agir de forma apropriada".

Dissiparam-se, desta forma, os receios dos investidores de que um corte da taxa de juro diretora fosse adiado, uma possibilidade que chegou a levantar-se depois da divulgação de vários dados positivos relativos à economia norte-americana, incluindo a criação de emprego. "Um corte de juros em julho é agora certo", afirma o analista James McCann, economia da Aberdeen Standard, citado pela Bloomberg.

 

Juros de Portugal recuam

Os juros da dívida soberana dos países periféricos regressam às quedas esta quinta-feira, corrigindo parte das subidas verificadas nas últimas sessões. O agravamento de ontem foi justificado pelos operadores com a fraca procura verificada nos leilões de títulos a 10 anos que foram realizados por Portugal e Alemanha, embora ambos os países tenham conseguido financiar-se às taxas mais baixas de sempre.

 

A "yield" das obrigações portuguesas a 10 anos está a descer 1,5 pontos base para 0,479%, enquanto a taxa das bunds avança 0,3 pontos base para -0,267%. Nas obrigações italianas a "yield" recua 3,6 pontos base para 1,69% e nas espanholas recua 1,6 pontos base para 0,41%.

 

Petróleo em máximos de maio

O petróleo mantém a tendência de alta depois de ter registado uma forte valorização na sessão de quarta-feira. O No mercado de Londres, o Brent do Mar do Norte para entrega em setembro sobe 0,3% para 67,21 dólares, tendo atingido máximos de 30 de maio. O contrato de agosto do West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA que é negociado em Nova Iorque, soma 0,36% para 60,65 dólares por barril.

 

Um dos motores desta subida esteve na divulgação dos stocks de crude nos Estados Unidos, que desceram fortemente. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de crude da maior economia do mundo caíram em 9,5 milhões de barris na semana passada, para o mais baixo nível desde abril.

 

Também o facto de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que irá intensificar "substancialmente" as sanções ao Irão ajudou a impulsionar as cotações do crude. Um terceiro fator está numa tempestade sobre o Golfo do México, que obrigou à retirada de trabalhadores das plataformas de prospeção offshore (no mar).

 

Ouro sobe pela terceira sessão

O ouro está a transacionar em alta pela terceira sessão e negoceia acima dos 1.400 dólares, beneficiando com a perspetiva de descida da taxa de juro por parte da Reserva Federal e  também com o enfraquecimento do dólar.

No mercado à vista em Londres o metal precioso está a ganhar 0,16% para 1.421,35 dólares,  já perto do máximo de seis anos que atingiu no início deste mês.

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