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Fed, tarifas e petróleo: o trio que deixou Wall Street nos píncaros

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, no dia em que os três grandes índices de Wall Street marcaram novos máximos históricos. Muito à conta das declarações do presidente da Fed, mas não só. Deu-se uma tempestade perfeita de fatores positivos e os investidores, depois de muita prudência nos primeiros dias da semana, deixaram-se embalar pelo otimismo.

Reuters
10 de Julho de 2019 às 21:08
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O Dow Jones fechou a somar 0,29% para 26.860,20 pontos, tendo durante a sessão marcado um novo máximo histórico nos 26.983,45 pontos.

 

Também o Standard & Poor’s 500 atingiu o valor mais elevado de sempre, ao tocar nos 3.002,98 pontos, tendo depois encerrado a ganhar 0,45% para 2.993,07 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,75%, para 8.202,53 pontos, tendo na negociação intradiária entrado em terreno nunca antes explorado, ao alcançar os 8.228,60 pontos.

 

Hoje o presidente da Fed, Jerome Powell, falou perante o Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes (que, com o Senado, compõe o Congresso) e reiterou que a incerteza económica é elevada e que a Fed vai atuar de forma apropriada.

 

As palavras de Powell foram recebidas como um sinal de que os juros do outro lado do Atlântico vão descer, o que levou as bolsas dos EUA a atingirem de imediato novos máximos históricos.

 

E este não foi o único impulso dado hoje pela Fed. Ao final da tarde (19:00 em Lisboa) foram divulgadas as atas da última reunião da Reserva Federal dos EUA, que mostraram que os responsáveis do banco central deixaram de referir a ‘abordagem paciente’’ relativamente a uma mexida nas taxas de juro, considerando haver agora mais motivos para uma redução da taxa diretora.

 

Mas houve mais. Na frente comercial, esta madrugada a Administração Trump anunciou o levantamento das tarifas que os EUA tinham imposto sobre 110 produtos chineses, nomeadamente equipamento médico e dispositivos eletrónicos, sobre os quais pendiam taxas de 25% desde 6 de julho do ano passado.

 

Embora o valor destes bens se situe apenas em 34.000 milhões de dólares, o gesto foi significativo, pois constitui uma das primeiras medidas depois das tréguas acordadas entre Donald Trump e Xi Jinping à margem da cimeira do G20 no final de junho em Osaka (Japão).

 

Neste sentido, altos representantes comerciais dos EUA e da China voltaram a manter conversações telefónicas "construtivas", reconheceu o principal assessor económico da Casa Branca, Larry Kudlow.

 

Esta diminuição de tensões entre Washington e Pequim esteve, assim, a animar também os investidores.

 

Por último, os preços do petróleo dispararam nos principais mercados internacionais, animados pela forte diminuição dos inventários norte-americanos e também pelas tensões com o Irão e por uma tempestade no Golfo do México.

 

Esta valorização do "ouro negro" contribuiu para sustentar as cotadas da energia, em especial do setor petrolífero.

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