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Fecho dos mercados: Juros anulam descidas do último mês. Petróleo sobe, bolsas interrompem quedas

Os juros da dívida portuguesa subiram pela terceira sessão, após um longo período em que caíram consecutivamente e atingiram mínimos históricos. Bolsas oscilam entre o otimismo com a Fed e os receios da guerra comercial.

EPA
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Os mercados em números
PSI-20 valorizou 0,68% para 5.221,17 pontos
Stoxx 600 somou 0,04% para 386,85 pontos
S&P 500 sobe 0,19% para 3.005,62 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos agravam-se em 8 pontos base para 0,654%
Euro soma 0,02% para 1,1256 dólares
Petróleo em Londres avança 0,39% para 66,78 dólares por barril

Bolsas sem tendência após cinco sessões de perdas
As bolsas europeias encerraram sem uma tendência definida esta sexta-feira, 12 de julho, numa altura em que o otimismo em torno de uma descida dos juros nos Estados Unidos continua a ser temperado pelos receios em torno do impacto da guerra comercial sino-americana.

Nessa frente, os últimos sinais não têm sido animadores: foi revelado que as exportações chinesas caíram em junho, enquanto as importações diminuíram mais do que o esperado.

"Os dados sobre as exportações foram realmente fracos, e são um sinal de que a guerra comercial já começou a penalizar as exportações chinesas e de que as empresas estão a começar a redirecionar as suas cadeias de fornecimento", afirmou à Reuters Stefan Koopman, economista do Rabobank na Holanda. "Os mercados europeus estão à espera de mais pistas sobre aquilo que está a acontecer entre os Estados Unidos e a China na frente comercial".

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, subiu ligeiros 0,04% para 386,85 pontos, depois de cinco sessões consecutivas de quedas, animado sobretudo pelos setores químico e automóvel.

Por cá, o PSI-20 subiu 0,68% para 5.221,17 pontos impulsionado principalmente pela Jerónimo Martins e Sonae. A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos subiu 1,56% para 14,66 euros, enquanto a Sonae valorizou 2,52% para 87,45 cêntimos.

Juros sobem pela terceira sessão
Os juros da dívida portuguesa a dez anos voltaram a agravar-se, acumulando já a terceira sessão consecutiva de subidas. Este movimento acontece depois de um período alargado em que os juros caíram consecutivamente, atingindo mínimos históricos, uma tendência que se verificou não só em Portugal mas em vários países da Zona Euro e que se justifica com a política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Os juros estarão, assim, a corrigir estes movimentos, numa altura em que há menor procura por obrigações soberanas. A "yield" associada à dívida portuguesa a dez anos subiu 8 pontos base para 0,654% nesta sexta-feira. No acumulado desta semana, depois de terem baixado dos 0,3% pela primeira vez na semana passada, subiram 22 pontos base, a maior subida semanal desde março de 2017. Os juros da dívida acabaram, assim, por anular as descidas do último mês, voltando a negociar em níveis de meados de junho.

Nos restantes países da Zona Euro, a tendência também foi de subidas. Os juros da dívida alemã a dez anos subiram 1,6 pontos para -0,210%, enquanto, em Espanha, os juros agravaram-se em 9 pontos para 0,568%.

Dólar penalizado por Fed e dados económicos
Depois de duas sessões em que desvalorizou na reação ao discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, que sinalizou que o banco central deverá descer os juros em breve, o dólar voltou a cair nesta sexta-feira. Desta vez, a moeda norte-americana foi penalizada pela divulgação dos dados mais recentes relativos aos preços dos produtores, que aumentaram, em junho, mais do que era antecipado.

O índice da Bloomberg para o dólar, que compara a moeda norte-americana com um cabaz das principais divisas mundiais, desvaloriza, assim, em torno de 0,12%. No acumulado da semana, regista uma perda de 0,36%.

Neste cenário, o euro valoriza 0,02% contra a moeda norte-americana, negociando nos 1,1256 dólares.

Tensões geopolíticas e tempestade no México animam petróleo
O petróleo esteve a negociar em alta ao longo desta semana e o mesmo aconteceu nesta sexta-feira. Os preços da matéria-prima têm sido impulsionados por uma tempestade no Golfo do México que já fez diminuir a produção de energia nesta região para metade, tensões geopolíticas no Médio Oriente e uma quebra das reservas nos Estados Unidos que ficou muito acima do que era esperado, fatores que condicionam os níveis de oferta no mercado e que encarecem a matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,22% para os 60,37 dólares por barril. No acumulado semanal, apreciou mais de 5%, naquela que é a primeira subida desde há três semanas.

Já o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, avança 0,39% para os 66,78 dólares por barril, com um ganho semanal superior a 4%.

Ouro fecha semana com ganhos
Numa semana marcada pela reação dos investidores ao discurso de Jerome Powell, e numa altura em que se antecipa uma descida dos juros nos Estados Unidos e também na Europa, o ouro encerra a semana em alta.

O metal precioso aprecia 0,35% para os 1.408,70 dólares por onça. Na semana, ganha perto de 0,7%.
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