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Fed sobe juros em 75 pontos base. Só alivia a partir de 2024

A Reserva Federal anunciou, pela terceira reunião consecutiva de política monetária, um forte aumento da taxa diretora.

O presidente da Fed discursa amanhã. O mercado quer perceber qual será o ritmo de subida dos juros.
Elizabeth Frantz/Reuters
21 de Setembro de 2022 às 19:18
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A Reserva Federal norte-americana (Fed) decidiu esta quarta-feira subir a taxa de fundos federais em 75 pontos base, pela terceira vez consecutiva. Com esta subida a taxa de juro diretora passa para um intervalo entre 3% e 3,25%, como não era visto desde 2008.

No comunicado, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) reiterou ainda que "está atento aos riscos gerados pela inflação" e que "está fortemente comprometido em fazer com que a inflação regresse à meta dos 2%.

"O Comité estará disposto a ajustar a política monetária, se surgirem riscos que possam impedir o cumprimento dos objetivos", assegura o FOMC. A decisão foi aprovada por unanimidade. 

O banco central deu ainda sinais sobre como poderão ser as próximas subidas, projeções estas apelidadas de "dot plot".

A autoridadade monetária liderada por Jerome Powell prevê que a taxa de fundos federais suba para 4,4% até ao final do ano, chegando a 4,6% em 2023. Segundo estas projeções a taxa de fundos federais só deve aliviar a partir de 2024, quando cair para 3,9%. Já em 2025 deve descer para 2,9%.

Perante a decisão da Fed e o respetivo "dot plot", Wall Street negoceia no vermelho, estando o industrial Dow Jones a perder 0,20% para 30.645,71 pontos, enquanto o S&P 500 cai 0,78% para 3.826,04 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite negoceia na linha d' água, mais inclinado para terreno negativo (-0,04%) para 11.420,68 pontos.

No mercado da dívida, os juros das obrigações norte-americanas a dez anos aliviam 4,4 pontos base para 3,553%, depois desta terça-feira terem renovado máximos de 11 anos. A tendência de alívio é seguida pelas "yields" relativas a maturidades mais longas, mais concretamente a 20 anos (3,781%) e 30 anos (3,530%).

Nas linhas com maturidades mais curtas assiste-se a um movimento de agravamento. A "yield" da dívida a dois anos soma 8 pontos base para 4,406%, tendência seguida pela dívida a três anos (4,011%), cinco anos (3,779%) e sete anos (3,696%).
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