Notícia
Fed sobe juros e sinaliza mais dois aumentos este ano
A Reserva Federal norte-americana decidiu aumentar a taxa de juro esta quarta-feira. Esta é a segunda subida de 2018.
Os governadores da Fed aprovaram esta quarta-feira, 13 de Junho, a subida da taxa de juro em 25 pontos base para o intervalo entre 1,75% e 2%. Esta é a segunda subida deste ano e também desde que Jerome Powell sucedeu a Janet Yellen. A primeira subida tinha sido decidida em Março pelo Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC).
Este anúncio já era esperado existindo quase unanimidade entre os analistas de que a reunião de Junho iria traduzir-se num novo aumento dos juros. O comunicado divulgado esta quarta-feira revela que também houve unanimidade entre os oito membros da Fed: todos aprovaram a subida da taxa de juro, justificada pelos desenvolvimentos no mercado de trabalho e na inflação.
Além disso, a Reserva Federal sinalizou que quer fazer quatro subidas dos juros este ano. Ou seja, deverão ser aprovados mais dois aumentos no segundo semestre de 2018. Anteriormente, a Fed sinalizava apenas três subidas.
Para os anos seguintes, a Fed espera subir três vezes a taxa de juro em 2019 e apenas uma vez em 2020, terminando o ciclo de ajustamento da política monetária com os juros nos 3,4%. Desde que começou a normalizar a política expansionista, em 2015, a Reserva Federal já aumentou a taxa de juro sete vezes.
Na conferência de imprensa após a reunião, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que "a história mostrou que mudar as taxas de juro muito depressa ou muito lentamente traz desenvolvimentos económicos indesejados", referindo que estas decisões estão sempre rodeadas de incerteza. Questionado pelos jornalistas sobre quando é que a política monetária será neutra, Powell não deu uma resposta concreta: "Estamos a chegar lá, mas não sabemos quando será".
Na actualização das projecções económicas, a Fed espera agora que a taxa de desemprego atinja os 3,5% em 2019 e 2020, abaixo da meta de longo prazo que é de 4% (o chamado 'pleno emprego'). "A maior parte das pessoas que quer encontrar trabalho consegue", assinalou Powell.
No caso do PIB, as previsões são de um crescimento de 2,8% para 2018, 2,4% em 2019 e 2% em 2020. O líder da Fed assumiu que um dos factores que vai promover a actividade económica nos próximos "quatro anos" é a reforma fiscal de Donald Trump, principalmente do lado da procura.
Quanto à inflação, a Fed prevê que esta fique acima do seu objectivo, mas por pouco: 2,1% nos próximos dois anos. Ainda assim, Jerome Powell admitiu que a Fed não pode "declarar vitória" na inflação.
Os indicadores económicos até Maio "indicam que o mercado de trabalho continuou a fortalecer-se e que a actividade económica tem crescido a um ritmo sólido", explicou o Comité Federal em comunicado. Os governadores da Fed mostram-se confiantes tanto com a evolução do consumo privado como com a do investimento.
Os riscos deste cenário económico parecem ser "equilibrados", classifica o comunicado. Porém, na conferência de imprensa, Jerome Powell referiu que há uma "preocupação crescente" com as tensões comerciais por causa das tarifas, apesar de esse impacto "ainda não estar nos dados económicos". "É um risco", admitiu.
Uma das diferenças notadas neste comunicado é que a Fed deixa cair várias referências que fazia nas comunicações pós-crise, um ponto destacado por Powell. Por exemplo, a Reserva Federal deixa de dizer que vai "monitorizar de forma cautelosa" a evolução da inflação. Além disso, caiu a referência sobre os juros ficarem abaixo dos níveis esperados a longo prazo.
(Notícia actualizada às 20:00)
Este anúncio já era esperado existindo quase unanimidade entre os analistas de que a reunião de Junho iria traduzir-se num novo aumento dos juros. O comunicado divulgado esta quarta-feira revela que também houve unanimidade entre os oito membros da Fed: todos aprovaram a subida da taxa de juro, justificada pelos desenvolvimentos no mercado de trabalho e na inflação.
Para os anos seguintes, a Fed espera subir três vezes a taxa de juro em 2019 e apenas uma vez em 2020, terminando o ciclo de ajustamento da política monetária com os juros nos 3,4%. Desde que começou a normalizar a política expansionista, em 2015, a Reserva Federal já aumentou a taxa de juro sete vezes.
Na conferência de imprensa após a reunião, o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que "a história mostrou que mudar as taxas de juro muito depressa ou muito lentamente traz desenvolvimentos económicos indesejados", referindo que estas decisões estão sempre rodeadas de incerteza. Questionado pelos jornalistas sobre quando é que a política monetária será neutra, Powell não deu uma resposta concreta: "Estamos a chegar lá, mas não sabemos quando será".
Na actualização das projecções económicas, a Fed espera agora que a taxa de desemprego atinja os 3,5% em 2019 e 2020, abaixo da meta de longo prazo que é de 4% (o chamado 'pleno emprego'). "A maior parte das pessoas que quer encontrar trabalho consegue", assinalou Powell.
No caso do PIB, as previsões são de um crescimento de 2,8% para 2018, 2,4% em 2019 e 2% em 2020. O líder da Fed assumiu que um dos factores que vai promover a actividade económica nos próximos "quatro anos" é a reforma fiscal de Donald Trump, principalmente do lado da procura.
Quanto à inflação, a Fed prevê que esta fique acima do seu objectivo, mas por pouco: 2,1% nos próximos dois anos. Ainda assim, Jerome Powell admitiu que a Fed não pode "declarar vitória" na inflação.
Os indicadores económicos até Maio "indicam que o mercado de trabalho continuou a fortalecer-se e que a actividade económica tem crescido a um ritmo sólido", explicou o Comité Federal em comunicado. Os governadores da Fed mostram-se confiantes tanto com a evolução do consumo privado como com a do investimento.
Os riscos deste cenário económico parecem ser "equilibrados", classifica o comunicado. Porém, na conferência de imprensa, Jerome Powell referiu que há uma "preocupação crescente" com as tensões comerciais por causa das tarifas, apesar de esse impacto "ainda não estar nos dados económicos". "É um risco", admitiu.
Uma das diferenças notadas neste comunicado é que a Fed deixa cair várias referências que fazia nas comunicações pós-crise, um ponto destacado por Powell. Por exemplo, a Reserva Federal deixa de dizer que vai "monitorizar de forma cautelosa" a evolução da inflação. Além disso, caiu a referência sobre os juros ficarem abaixo dos níveis esperados a longo prazo.
(Notícia actualizada às 20:00)