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Economistas europeus mais confiantes, mas menos do que o BCE
A média das previsões dos quase 60 economistas inquiridos pelo BCE confirma uma retoma mais forte da Zona Euro, com um crescimento de 1,4% este ano. Inflação deste ano foi revista em baixa para 0,1%.
Os resultados do último inquérito trimestral do BCE a cerca de 60 economistas europeus confirmam a expectativa de uma recuperação mais rápida da economia e da inflação nos próximos anos na Zona Euro. Os valores de crescimento foram revistos em alta face à previsão de arranque do ano, e os do desemprego foram em baixa. A principal surpresa é uma revisão em baixa da expectativa de inflação para este ano apesar do programa de compra de títulos do BCE, a qual é justificada pela evolução dos preços do petróleo.
A média das respostas obtida pelo BCE juntos dos economistas europeus aponta para uma inflação de 0,1% em 2015, o que inclui uma revisão em baixa face aos 0,3% de Janeiro, e é justificado pela evolução dos preços do petróleo, explica o BCE em comunicado, acrescentando que as previsões de inflação foram "revistas em alta para 2016 e 2017, suportadas por medidas de política monetária e desenvolvimentos na taxa de câmbio". As respostas antecipam uma taxa de inflação de 1,6% em 2017, menos que os 1,8% previstos pelo banco central.
Os números do inquérito divulgados na quinta-feira, dia 16 de Abril, revelam ainda que, em média, os economistas europeus estão mais optimistas que há três meses, mas menos que o BCE, tanto no crescimento como no emprego.
A estimativa média de aumento do PIB foi revista em alta para 1,4% este ano, 1,7% em 2016 e 1,8% em 2017, valores que ficam abaixo das previsões do staff do BCE anunciadas em Março.
Os economistas europeus reviram em baixa as previsões para a taxa de desemprego na Zona Euro, que deverá agora ficar em 11,1% este ano, 10,6% em 2016 e 10,1% em 2017. O BCE aponta para uma taxa de 9,9% em 2017.
Previsões do BCE, do FMI e a média dos 58 economistas europeus inquiridos pelo BCE