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Draghi já terá apresentado plano de compra de dívida a Merkel

A revista alemã Der Speigel avança que o programa de alívio quantitativo ficará a cargo dos bancos centrais regionais. Estes poderão comprar até um máximo de 20% a 25% da dívida do seu país, assumindo, assim, o próprio risco.

Reuters
16 de Janeiro de 2015 às 19:55
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O presidente do BCE, Mario Draghi, já terá apresentado à chanceler alemã, Angela Merkel, o plano para o programa de compra de dívida soberana. Uma ferramenta de política monetária que a instituição deverá apresentar após a reunião da próxima quinta-feira, 22 de Janeiro, mas pela qual deverão ficar responsáveis os bancos centrais nacionais.

 

Com efeito, a revista alemã Der Spiegel publicou esta sexta-feira, 16 de Janeiro, um artigo - citado pela agência Bloomberg - no qual avança que o presidente do BCE terá já apresentado os seus planos para um possível programa de compra de dívida soberana a Angela Merkel. Uma reunião confirmada pelo porta-voz do Governo alemão que, acrescentou, aconteceu a 14 de Janeiro, tendo sido mantidas apenas "conversas informais regulares". O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, também terá sido informado.

 

O plano em cima da mesa prevê que os bancos centrais nacionais fiquem responsáveis pelas compras de dívida soberana, podendo adquirir até um limite máximo de 20% a 25% da dívida do seu país. Adicionalmente, o mesmo artigo aponta que a Grécia seria o único país excluído deste programa, devido ao facto de a sua dívida estar classificada de "lixo" pelas quatro agências de notação financeira que o BCE tem em conta. Portugal deverá, assim, ser incluído no programa, beneficiando do facto de a DBRS – incluída na lista do banco central – ter um "rating" para Portugal de "BBB (baixo)", um nível já de investimento.

 

"Se cada banco central comprar apenas dívida do seu próprio país, o perigo de uma indesejada partilha de risco financeiro será menor", disse Klaas Knot, presidente do banco central holandês, em entrevista à mesma revista. O responsável acrescenta que, ao manter as compras de dívida sob a responsabilidade de cada país, o BCE mostrará que "está exclusivamente preocupado com a política monetária e não orçamental".

 

Declarações que vêm apoiar o modelo alegadamente apresentado a Angela Mergel. A confirmar-se esta opção, o BCE responde, assim, às críticas alemãs, de que estaria a assumir o risco de outros países e a fugir ao seu mandato, ao actuar ao nível orçamental dos países da Zona Euro, em vez de se manter focado na política monetária, mais concretamente no objectivo de elevar a inflação para níveis próximos, mas abaixo de 2%. 

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