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Centeno acredita que manutenção da política monetária do BCE vai reduzir a inflação a 2%
Para já, o governador não acredita que o conflito entre Israel e o Hamas tenha um impacto nos dados recolhidos pelo Banco Central Europeu para tomar as suas decisões. Além disso, Mário Centeno frisou que é necessário monitorizar o mercado do petróleo.
O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, acredita que o Banco Central Europeu (BCE) conseguirá reduzir a inflação a 2%, mantendo a política monetária restritiva durante "algum tempo".
"Com o atual nível das taxas de juro, estamos a dar um contributo substancial para [reduzir a inflação] à meta dos 2%", defendeu o também membro do conselho do BCE, em entrevista à Bloomberg TV.
O ex-ministro das Finanças está confiante de que o ciclo de aperto monetário levado a cabo pelo BCE desde julho irá surtir efeito na inflação. "Vamos lá chegar com a continuidade desta política monetária, mantendo-a durante algum tempo, até termos a completa certeza de que a inflação está a diminuir", frisou Centeno.
O governador do BdP manteve ainda o mantra declarado pela presidente do BCE, Christine Lagarde, ou seja que as decisões da autoridade monetária serão tomadas mediante a leitura dos dados em cada momento.
"Precisamos de monitorizar continuamente a situação para que possamos agir – e quando digo agir, quero dizer ajustar as taxas de juro de acordo com o que é necessário", afirmou Centeno.
Ao manterem-se dependentes dos dados, os decisores de política monetária terão a garantia de que "não exageram nas políticas" adotadas, acrescentou o ex-ministro das Finanças.
Mário Centeno defendeu ainda que o BCE deve ser previsível, termos da política monetária.
Para já, o governador não acredita que o conflito entre Israel e o Hamas tenha um impacto nos dados recolhidos pelo BCE para tomar as suas decisões. Além disso, Centeno frisou que é necessário monitorizar o mercado do petróleo.
O ex-ministro das Finanças deixou ainda claro que é necessário o BCE preservar a estabilidade do mercado de trabalho.