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INE confirma abrandamento da inflação para 3,6% em setembro

Novo alívio acontece depois de, em agosto, a evolução dos preços ter contrariado o ciclo de abrandamento que vinha a registar-se há nove meses consecutivos, devido ao aumento dos preços dos combustíveis. Inflação crítica alivia também pelo oitavo mês seguido.

DR
12 de Outubro de 2023 às 11:05
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quinta-feira que a taxa de inflação aliviou para 3,6% em setembro. O novo alívio acontece depois de, em agosto, a evolução dos preços ter contrariado o ciclo de abrandamento que vinha a registar-se há nove meses consecutivos, devido ao aumento dos preços dos combustíveis.

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 3,6% em setembro de 2023, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 29 de setembro", indica o INE.

Pelo oitavo mês consecutivo, também a inflação subjacente, que exclui a energia e os produtos alimentares não transformados (por estarem mais sujeitos a variações de preços), abrandou: de 4,5% para 4,1% em setembro. Este indicador que mede a chamada "inflação crítica" tem estado na mira do Banco Central Europeu (BCE) por permitir medir o nível de contágio da subida de preços nos diferentes produtos do cabaz de compras.

O índice relativo aos produtos alimentares não transformados voltou também a registar uma subida mais lenta do que no mês anterior, passando de 6,4% para 6%. Para essa diminuição, contribuiu o "IVA zero" que foi aplicado num conjunto de bens alimentares essenciais aprovado pelo Governo e prorrogado até ao final deste ano.

Por outro lado, o índice que diz respeito aos produtos energéticos voltou a acelerar, apesar de estar ainda em terreno negativo. Isso significa que os preços da energia estão abaixo dos praticados há um ano, mas estão agora a cair menos do que em meses anteriores. Em setembro, a variação desse índice passou de -6,5% para -4,1%, aproximando-se mais, pelo segundo mês consecutivo, de valores positivos.

Face ao mês anterior, a variação do IPC foi de 1,1%, mais 0,8 pontos percentuais do que em agosto. A variação média dos
últimos doze meses diminuiu para 6,3%, o que compara com 6,8% em agosto.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços em Portugal com a dos restantes Estados-membros, apresentou uma variação homóloga de 4,8%, valor inferior em 0,5 pontos percentuais ao registado no mês anterior e superior ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro (4,3%).

Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 5,5% em setembro (menos 0,9 pontos percentuais do que em agosto). A taxa é ainda idêntica à estimada pelo Eurostat para a Zona Euro.

Em termos mensais, o IHPC registou uma variação de 0,8% (idêntico no mês anterior). A variação média dos últimos doze meses do IHPC fixou-se em 7,2% em setembro, o que compara com 7,6% no mês precedente.

(Notícia atualizada às 11:22)
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