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Inflação na Zona Euro abranda para 4,3% em setembro

Setembro terá sido o quinto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor, segundo a estimativa rápida do Eurostat. Desaceleração é explicada sobretudo pela trajetória decrescente nos preços dos bens alimentares e serviços. Inflação subjacente terá registado também um novo abrandamento. Portugal terá ficado acima da média.

Variação mensal dos preços no consumidor foi de 0,9% na Zona Euro. Em Portugal, foi de 2%.
iStockphoto
29 de Setembro de 2023 às 10:08
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A taxa de inflação na Zona Euro abrandou de 5,2% para 4,3% em setembro, segundo a estimativa rápida divulgada pelo Eurostat esta sexta-feira. Este terá sido o quinto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor, explicado sobretudo por uma desaceleração dos preços dos bens alimentares e serviços.

Os dados do Eurostat revelam que houve um abrandamento na variação homóloga dos preços de venda ao consumidor em todas as quatro grandes componentes que compõem o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), em setembro: energia, alimentos e bebidas alcoólicas, bens industriais não-energéticos e serviços.

A variação homóloga mais elevada entre essas quatro componentes do cabaz de preços considerado no IHPC foi registada nos alimentos, álcool e tabaco. Em setembro, o índice relativo a esses produtos passou de 9,7% para 8,8%.

Já o índice relativo aos serviços, que tem sido o que mais tem pesado no IHPC nos últimos meses, teve uma variação homóloga de 4,7%, o que compara com os 5,5% registados no mês anterior. Também os bens industriais não-energéticos tiveram uma diminuição da variação homóloga em setembro, de 4,7% para 4,2%. 

Em terreno negativo, a variação homóloga dos preços da energia voltou a afundar ainda mais, depois de ter acelerado no mês anterior mas sem sair de valores negativos. Em setembro, o índice relativo aos produtos energéticos passou dos -3,3% registados em agosto para -4,7%, apesar de os preços do petróleo estarem a subir nos mercados internacionais. 

Portugal acima da média 
Entre os 20 países que integram a Zona Euro, todos tiveram uma nova desaceleração na variação homóloga da inflação, com exceção da Espanha, Itália, Irlanda, Eslovénia e Chipre, que viram os preços de venda ao consumidor voltarem a acelerar. 

Houve também nove países que registaram uma variação homóloga da inflação acima da média, como foi o caso de Portugal. Por cá, o IHPC de setembro terá sido de 4,8%, o que compara com 5,3% registados no mês anterior. Este é um regresso aos abrandamentos de preços, depois de em agosto esse ciclo ter sido interrompido devido à subida dos preços dos combustíveis.

A variação homóloga mais baixa foi observada nos Países Baixos, que entrou pela primeira vez em terreno negativo em mais de dois anos (-0,3%). Seguem-se a Bélgica (0,7%) e Grécia (2,4%). Do lado oposto da tabela, a Eslováquia (8,9%) lidera, seguida pela Croácia (7,3%) e Eslovénia (7,1%). Portugal tem a oitava taxa de inflação mais alta do euro, a par com Malta.

(Notícia atualizada às 10h35)
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