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Inflação volta a aliviar ligeiramente para 3,6% em setembro

Preços no consumidor voltaram a abrandar em setembro, ainda que apenas ligeiramente, depois de, no mês anterior, terem invertido pela primeira vez a desaceleração que vinha a verificar-se há nove meses consecutivos. Inflação "crítica" teve também um novo abrandamento.

Inflação abrandou em julho para 3,1%, devido sobretudo aos alimentos.
João Cortesão
29 de Setembro de 2023 às 09:38
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A taxa de inflação terá voltado a abrandar em setembro, para 3,6%, segundo a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O novo abrandamento acontece depois de, no mês anterior, a inflação ter invertido pela primeira vez a desaceleração que vinha a verificar-se há nove meses consecutivos.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 3,6% em setembro de 2023, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à observada no mês anterior", indica o INE.

A inflação subjacente, que exclui a energia e os produtos alimentares não transformados (por estarem mais sujeitos a variações de preços), terá aliviado de 4,5% para 4,1% em setembro, devendo este ser já o oitavo mês consecutivo de abrandamento. Na prática, a descida da chamada "inflação crítica" significa que a inflação está a "enraizar-se" menos na economia, ou seja, o contágio da subida de preços entre os diferentes produtos do cabaz está a tornar-se menos forte.

A variação homóloga do índice relativo aos produtos alimentares não transformados terá voltado também a diminuir em setembro, passando de 6,4% para 6%. Essa diminuição pode ser explicada, em grande medida, pelo "IVA zero" num cabaz de bens alimentares essenciais aprovado pelo Governo e prorrogado recentemente até ao final deste ano.

Já o índice relativo aos produtos energéticos está a registar há dois meses uma nova aceleração, apesar de continuar ainda em terreno negativo. Por outras palavras, os preços da energia continuam abaixo dos praticados há um ano, mas estão já a cair menos do que em meses anteriores. Em setembro, a variação homóloga deste índice foi de -4,1%, o que compara com -6,5% no mês de agosto.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 1,1%, mais 0,8 pontos percentuais do que em agosto. Há precisamente um ano, a variação mensal era de 1,2%. Estima-se que a variação média nos últimos doze meses tenha sido de 6,3%, menos cinco décimas do que no mês de agosto.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços em Portugal com a dos restantes países europeus, terá registado um alívio homólogo de 4,9%. Em agosto, o índice estava nos 5,3%.

Os dados definitivos do IPC relativo ao mês de setembro serão conhecidos no próximo dia 12 de outubro.

(Notícia atualizada às 9h48)
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