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Eurostat confirma inflação abaixo de 5% na Zona Euro e UE em setembro

Este é o quinto mês consecutivo de alívio na inflação da Zona Euro. Índice harmonizado de preços no consumidor desacelerou de 5,2% para 4,3%. Na UE, a subida de preços abrandou para 4,9%. Inflação crítica acompanha abrandamento.

O consumo privado e o investimento das empresas abrandaram no final do ano, penalizados pela subida de preços e das taxas de juro.
Darren Staples/Reuters
18 de Outubro de 2023 às 10:09
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O Eurostat confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação na Zona Euro abrandou de 5,2% para 4,3% em setembro. Este é o quinto mês consecutivo de alívio nos preços no consumidor, devido sobretudo à desaceleração dos preços dos alimentos e serviços. Na UE, a inflação fixou-se em 4,9% em setembro.

Em setembro, a maior contribuição para a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), que permite as comparações entre Estados-membros, veio dos serviços (2,05 pontos percentuais), seguidos pela alimentação, álcool e tabaco (1,78 pontos percentuais), bens industriais não energéticos (1,06 pontos percentuais).

Por outro lado, a energia continuou a dar um contributo negativo para a evolução dos preços, apesar de mais baixo (-0,55 pontos percentuais). Segundo o Eurostat, o índice relativo aos produtos energéticos voltou a afundar, depois de ter acelerado no mês anterior mas sem sair de valores negativos. Em setembro, passou de -3,3% para -4,6%, apesar de os preços do petróleo estarem a subir nos mercados internacionais.

No caso dos serviços, o índice de preços abrandou de 5,5% para 4,7% em setembro. Já os alimentos, álcool e tabaco tiveram uma variação homóloga de 8,8%, o que compara com 9,7% registados no mês anterior. Por fim, os bens industriais não energéticos tiveram um alívio nos preços de 4,7% para 4,1%. 

A inflação subjacente, que exclui energia e alimentação por serem produtos cujos preços mais variam no cabaz de compras, aliviou de 5,3% para 4,5%. Esse indicador também conhecido por "inflação crítica" é acompanhado pelo Banco Central Europeu (BCE) no desenho das suas políticas de controlo da inflação por evidenciar o nível de "contágio" da subida de preços entre os diferentes produtos comprados pelos consumidores.

Três países com inflação abaixo de 2%
Considerando os 27 Estados-membros da UE, verifica-se que a inflação abrandou em 20 Estados-membros, caiu num (Países Baixos, que tiveram pelo segundo mês consecutivo uma variação homóloga do IHPC negativa), manteve-se estável em França e acelerou em cinco (Espanha, Itália, Irlanda, Chipre e Eslovénia). 

As variações homólogas mais baixas da inflação foram registadas no Países Baixos (-0,3%), seguidos pela Dinamarca (0,6%) e Bélgica (0,7%). De notar que estes três países tiveram, em setembro, uma taxa de inflação inferior à meta de 2% definida pelo BCE.

Por outro lado, as variações homólogas mais elevadas da inflação foram observadas na Hungria (12,2%), Roménia (9,2%) e Eslováquia (9%).

Em Portugal, o IHPC abrandou de 5,3% para 4,8% em setembro. O valor é superior à média da Zona Euro em três décimas e inferior numa décima ao registado na UE.

(Notícia atualizada às 10:27)
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