Notícia
Centeno: Taxas de juro atuais "são compatíveis com inflação a 2%"
Governador do Banco de Portugal reconhece que taxas de juro subiram muito e rapidamente nos últimos 12 anos, mas sublinha que atual nível permite combater inflação e baixá-la para o objetivo dos 2%.
20 de Setembro de 2023 às 12:55
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defende a eficácia das políticas do Banco Central Europeu (BCE), considerando que as atuais taxas de juro "são compatíveis" com o objetivo a médio prazo de uma inflação de 2%, embora reconheça que, no último ano, "subiram muito e rapidamente".
"Este é o momento para olharmos para a decisão que o BCE tomou e entende-la no seu contexto e completude. É verdade: a taxa de juro subiu muito nos últimos 12 meses, foi uma subida muito rápida para níveis que já não experimentávamos há algum tempo - isso é novo e deve ser compreendido", afirmou, numa entrevista ao programa "É ou não é", da RTP, emitido na noite de terça-feira.
No entanto, ressalvou, há "uma segunda dimensão" que carece de ser analisada: "a mensagem que o conselho de governadores passou sobre o que é o futuro" e que é a de que "as taxas, como estão hoje, são compatíveis com uma inflação a 2%".
Questionado sobre se espera que este tenha sido o último aumento, o governador do Banco de Portugal respondeu que "as decisões são sempre tomadas reunião a reunião, com base na informação recebida no momento". E insistiu: "A informação que temos hoje permitiu-nos dizer que "esperamos que este nível de taxas seja compatível com a inflação a atingir no médio prazo de 2%. Isto quer dizer muito: é a primeira vez que BCE e conselho de governadores comunica desta forma com os mercados, com os cidadãos".
Já se subscreveu as anteriores subidas, Mário Centeno também foi evasivo: "São decisões colegiais, nós todos temos opiniões, divergimos muitas vezes durante o debate".
Para o governador do Banco de Portugal o tempo é de "confiança" no futuro. "É momento de todos estarmos confiantes de que a política seguiu o seu curso, que a inflação está a reduzir-se e que os fatores que justificaram esse aumento estão a dissipar-se".
"Este é o momento para olharmos para a decisão que o BCE tomou e entende-la no seu contexto e completude. É verdade: a taxa de juro subiu muito nos últimos 12 meses, foi uma subida muito rápida para níveis que já não experimentávamos há algum tempo - isso é novo e deve ser compreendido", afirmou, numa entrevista ao programa "É ou não é", da RTP, emitido na noite de terça-feira.
Questionado sobre se espera que este tenha sido o último aumento, o governador do Banco de Portugal respondeu que "as decisões são sempre tomadas reunião a reunião, com base na informação recebida no momento". E insistiu: "A informação que temos hoje permitiu-nos dizer que "esperamos que este nível de taxas seja compatível com a inflação a atingir no médio prazo de 2%. Isto quer dizer muito: é a primeira vez que BCE e conselho de governadores comunica desta forma com os mercados, com os cidadãos".
Já se subscreveu as anteriores subidas, Mário Centeno também foi evasivo: "São decisões colegiais, nós todos temos opiniões, divergimos muitas vezes durante o debate".
Para o governador do Banco de Portugal o tempo é de "confiança" no futuro. "É momento de todos estarmos confiantes de que a política seguiu o seu curso, que a inflação está a reduzir-se e que os fatores que justificaram esse aumento estão a dissipar-se".