Notícia
Cortar a meta dos 2% de inflação não vai ser fácil, diz número dois do BCE
Embora a pressão sobre os preços esteja agora em mínimos de dois anos, De Guindos assinala que a recente subida do petróleo, para um máximo de 10 meses, vai "tornar a tarefa mais díficil".
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, considerou, esta segunda-feira, ser "prematuro" falar de cortes das taxas de juro, alertando que os obstáculos ao longo da "última etapa" para trazer a inflação de volta à meta de 2% serão difíceis de superar.
O "número dois" do BCE tem, a par com outros membros da administração do banco, estado a braços com a mais acentuada subida de preços numa geração. Essa escalada forçou-os, aliás, a aumentar as taxas 10 vezes consecutivas, numa medida sem precedentes, para um máximo histórico de 4%.
Embora a pressão sobre os preços esteja agora em mínimos de dois anos, o espanhol De Guindos disse ao Financial Times que a recente subida do valor do petróleo, para um máximo de 10 meses, vai "tornar a tarefa mais díficil". "Estamos no caminho em direção aos 2%. Isso é claro, mas temos de monitorizar de perto, porque a 'última milha' não vai ser fácil (...) os elementos que podem torpedear o processo de desinflação são poderosos", sublinhou o mesmo responsável.
A par com o petróleo, com o rápido crescimento dos salários, um euro enfraquecido e uma resiliente procura por serviços podem também manter a inflação elevada. "Isto é, ao final do dia, um equilírio muito delicado", afirmou.
O "número dois" do BCE tem, a par com outros membros da administração do banco, estado a braços com a mais acentuada subida de preços numa geração. Essa escalada forçou-os, aliás, a aumentar as taxas 10 vezes consecutivas, numa medida sem precedentes, para um máximo histórico de 4%.
A par com o petróleo, com o rápido crescimento dos salários, um euro enfraquecido e uma resiliente procura por serviços podem também manter a inflação elevada. "Isto é, ao final do dia, um equilírio muito delicado", afirmou.