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Cortar a meta dos 2% de inflação não vai ser fácil, diz número dois do BCE

Embora a pressão sobre os preços esteja agora em mínimos de dois anos, De Guindos assinala que a recente subida do petróleo, para um máximo de 10 meses, vai "tornar a tarefa mais díficil".

Wolfgang Rattay / Reuters
02 de Outubro de 2023 às 11:42
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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, considerou, esta segunda-feira, ser "prematuro" falar de cortes das taxas de juro, alertando que os obstáculos ao longo da "última etapa" para trazer a inflação de volta à meta de 2% serão difíceis de superar.

O "número dois" do BCE tem, a par com outros membros da administração do banco, estado a braços com a mais acentuada subida de preços numa geração. Essa escalada forçou-os, aliás, a aumentar as taxas 10 vezes consecutivas, numa medida sem precedentes, para um máximo histórico de 4%.

Embora a pressão sobre os preços esteja agora em mínimos de dois anos, o espanhol De Guindos disse ao Financial Times que a recente subida do valor  do petróleo, para um máximo de 10 meses, vai "tornar a tarefa mais díficil". "Estamos no caminho em direção aos 2%. Isso é claro, mas temos de monitorizar de perto, porque a 'última milha' não vai ser fácil (...) os elementos que podem torpedear o processo de desinflação são poderosos", sublinhou o mesmo responsável.

A par com o petróleo, com o rápido crescimento dos salários, um euro enfraquecido e uma resiliente procura por serviços podem também manter a inflação elevada. "Isto é, ao final do dia, um equilírio muito delicado", afirmou.
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