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É improvável que Fed e BCE evitem recessão, alerta ex-presidente do Bundesbank
O antigo banqueiro alemão prevê que as taxas de juro na Europa e nos Estados Unidos fiquem a rondar valores entre os 4% e 5%.
O antigo presidente do banco central alemão, Axel Weber, defende que as taxas de juro na Europa e nos Estados Unidos podem acabar por rondar os 4% e os 5%.
Numa notícia publicada esta sexta-feira pelo jornal espanhol Cinco Días, o economista alemão considera que, perante os aumentos das taxas de juro por parte dos bancos centrais de todo o mundo, existem semelhanças entre a situação atual e a crise financeira de 2008, mas que o caso não é tão sério como há 15 anos.
Weber prevê que a Europa e os Estados Unidos estejam no final do ciclo de aumentos, apesar dos sinais dos bancos centrais de que manterão as taxas elevadas até à moderação da taxa de inflação.
O alemão deixa também críticas aos modelos económicos seguidos pelos bancos centrais, que não foram capazes de prever que a inflação que surgiu após a pandemia não era um fenómeno transitório como previam. "Se os bancos centrais não reformularem massivamente a sua forma de prever a inflação e tentarem suavizar a economia com as mesmas ferramentas, a minha previsão é que passarão por momentos difíceis", afirmou.