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BCE revê em baixa previsões de crescimento e inflação

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou esta quinta-feira a revisão em baixa da previsão de crescimento económico e da inflação para a Zona Euro para este ano e os próximos.

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03 de Setembro de 2015 às 14:15
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Segundo as novas projecções apresentadas por Mario Draghi, a Zona Euro deverá registar um crescimento de 1,4% este ano, 1,7% em 2016 e 1,8% em 2017. As anteriores previsões apontavam para variações homólogas mais robustas, de 1,5%, 1,9% e 2%, respectivamente.

"Comparado com as projecções macroeconómicas de Junho de 2015, a perspectiva para o crescimento do PIB real foi revisto em baixa, essencialmente devido a menor procura externa devido a crescimento mais débil nos mercados emergentes", afirmou o presidente do BCE, acrescentando que esse arrefecimento prejudica o crescimento da economia mundial e as exportações da Zona Euro.


Draghi referiu que a recuperação económica continuará, mas a um ritmo mais lento do que antecipava anteriormente. Para o futuro, o crescimento continuará a ser prejudicado pela desalavancagem sentida em vários sectores, bem como pela lentidão na implementação de reformas estruturais.

No que diz respeito a inflação, as novas projecções do BCE apontam também para valores mais baixos, de 0,1% este ano (a anterior previsão era 0,3%), 1,1% em 2016 (1,5%) e 1,7% em 2017 (1,8%). O principal motivo para a revisão é a queda do preço do petróleo. Também neste caso, existem riscos para estas projecções, devido à evolução do preço dos bens energéticos e das taxas de câmbio.

"Com base na informação disponível e no preço dos futuros de petróleo, as taxas de inflação vão permanecer muito baixas no curto prazo", sublinhou Mario Draghi. "A inflação anual deverá acelerar no final do ano, também devido a efeitos base associados com a queda do preço do petróleo no final de 2014. As taxas de inflação devem recuperar ainda mais em 2016 e 2017, apoiadas pela recuperação económica esperada e o aumento do preço do petróleo nos próximos anos."

Já na fase de perguntas, o presidente do BCE admitiu que poderemos assistir a números negativos de inflação nos próximos meses, embora não tenha aceitado chamar-lhe deflação, dizendo que se podem tratar de efeitos transitórios nos preços.

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