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BCE anima bolsas dos EUA

As bolsas americanas iniciaram a sessão em alta, animadas pelas medidas anunciadas pelo BCE e pelo discurso de Mario Draghi, que deixou todas as garantias de que a autoridade monetária está disponível para actuar se for necessário.

Negócios 03 de Setembro de 2015 às 14:36
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O Dow Jones sobe 0,33% para 16.405,90 pontos, o Nasdaq aprecia 0,26% para 4.762,21 pontos e o S&P500 aprecia 0,40% para 1.955,84 pontos.

O líder da autoridade monetária da Zona Euro, Mario Draghi, revelou esta quinta-feira, 3 de Setembro, que o Banco Central Europeu (BCE) pode alargar o alcance dos estímulos monetários numa altura em que reviu em baixas as previsões para a Zona Euro. As palavras do presidente do BCE estão a impulsionar as praças norte-americanas.

Segundo as novas projecções apresentadas por Mario Draghi, a Zona Euro deverá registar um crescimento de 1,4% este ano, 1,7% em 2016 e 1,8% em 2017. As anteriores previsões apontavam para variações homólogas mais robustas, de 1,5%, 1,9% e 2%, respectivamente. Draghi referiu ainda quinta-feira que a recuperação económica continuará, mas a um ritmo mais lento do que antecipava anteriormente. Para o futuro, o crescimento continuará a ser prejudicado pela desalavancagem sentida em vários sectores, bem como pela lentidão na implementação de reformas estruturais.

No que diz respeito a inflação, as novas projecções do BCE apontam também para valores mais baixos, de 0,1% este ano (a anterior previsão era 0,3%), 1,1% em 2016 (1,5%) e 1,7% em 2017 (1,8%). O principal motivo para a revisão é a queda do preço do petróleo. Também neste caso, existem riscos para estas projecções, devido à evolução do preço dos bens energéticos e das taxas de câmbio.

Além disso, Mario Draghi anunciou está quinta-feira que o BCE poderá comprar uma percentagem maior da dívida pública dos estados-membros da Zona Euro e admitiu aumentar a dimensão do programa de compra de activos.

"Draghi disse todas as coisas certas e outra coisa que é positiva é que o mercado chinês não vai estar em baixa porque vai estar fechado durante dois dias", afirmou à Bloomberg Phil Orlando, da norte-americana Federated Investors. "A grande questão será amanhã, [dia] em que vai ser revelado o relatório sobre a criação de postos de trabalho em Agosto [nos Estados Unidos] e é realmente o último grande número a ser conhecido antes do encontro da Reserva Federal dos Estados Unidos. Tem alguma importância porque há a tendência para que Agosto seja um pouco confuso e isso vai fazer subir um pouco a tensão arterial", acrescentou.

A marcar o dia nos mercados está ainda que os pedidos de subsídios de desemprego aumentaram mais do que o estimado nos Estados Unidos. De acordo com os dados revelados hoje, e citados pela Bloomberg, verificou um aumento de 12 mil pedidos de subsídios, para um total de 282 mil, nos Estados Unidos na semana que terminou a 29 de Agosto.

Por esta altura, na banca norte-americana o Bank of America soma 0,57% para 15,94 dólares, o JP Morgan avança 0,38% para 62,81 dólares e o Goldman Sachs cresce 0,34% para 185,14 dólares.

Nas tecnológicas, a Google avança 0,50% para 617,43  dólares. Já a Apple, que pode estar a poucos dias de apresentar os novos iPhones, cede 0,2% para 112,12 dólares.   

 

(Notícia actualizada pela última vez às 15h29)
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