Em Agosto a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 0,7%, menos 0,1 pontos percentuais do que a registada no mês anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) na sua nota mensal de inflação. Em Julho o IPC mantivera-se idêntico ao de Junho.

Em termos homólogos, tal como acontecera já no mês passado, nas maiores subidas de preços destacam-se as classes dos "produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, das bebidas alcoólicas e tabaco e das comunicações", lê-se na mesma nota. Já a "classe com maior contribuição negativa para a variação homóloga do IPC foi, tal como verificado no dois meses anteriores, a do vestuário e calçado (classe 3), com uma variação homóloga de -2,6%" (-3,4% em Junho e -2,9% em Julho)", explicam os técnicos do instituto.
 

A inflação subjacente, que exclui bens energéticos e alimentares não transformados, foi ligeiramente inferior: 0,7% em termos homólogos, com os preços nos produtos alimentares não transformados a subirem 2,6%, em contraste com a evolução dos preços nos bens energéticos, cujos preços recuaram 2% face a Julho de 2014.

Já os transportes deram uma contribuição negativa para a variação homóloga do IPC, de -0,4% em Julho para -1,8% em Agosto.

Restaurantes e hotéis com ligeira subida de preços

Em termos de variação mensal, situada em -0,3% contra -0,7% em Julho, a classe com maior contributo positivo para a taxa de variação mensal foi a dos restaurantes e hotéis, com uma variação mensal de 0,9% (foi de 0,3% em Julho e de 0,8% em Agosto de 2014). Cinema, teatro, concertos e peixe fresco ou frigorificado destacaram-se também, contribuindo para os aumentos.

Além de descidas no vestuário e no calçado, em Agosto verificou-se também um recuo nos preços do gasóleo e da gasolina relativamente ao mês anterior.

Média dos últimos 12 meses continua positiva

O IPC registou uma variação média dos últimos 12 meses de 0,2%, acrescenta ainda o INE. É um valor em terreno positivo, tal como acontecera já em Julho, mês em que isso se verificou pela primeira vez desde Maio de 2014, reflectindo uma ligeira recuperação na inflação que se sente especialmente desde o início deste ano. 

(Notícia actualizada às 11h50 com mais informação)