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Banco do Japão admite juros negativos em empréstimos à banca
Uma decisão em relação a estas possíveis novas medidas de estímulo para estancar a apreciação do iene e reanimar as perspectivas de inflação é esperada na próxima reunião do Banco do Japão, entre 27 e 28 de Abril.
O Banco Central do Japão estará a ponderar impor taxas negativas em alguns empréstimos às instituições financeiras, uma decisão que poderá ocorrer em simultâneo com um corte para uma taxa ainda mais negativa da que remunera as reservas dos bancos parqueadas junto da autoridade monetária (actualmente de -0,1%).
De acordo com a Bloomberg, que cita uma fonte próxima do banco central, o mais provável é que seja o mecanismo de estímulos ao financiamento bancário a protagonizar essa queda nas taxas, na expectativa de que isso leve as instituições a canalizar o dinheiro para a economia e a gerar um impacto positivo na procura.
O Banco do Japão, liderado por Haruhiko Kuroda (na foto), tinha em meados do mês alocado 24,4 biliões de ienes (197,65 mil milhões de euros) a crédito ao abrigo deste mecanismo. A par desta iniciativa, o banco tem em curso um programa de compra de activos com objectivo anual de 80 biliões de ienes (641 mil milhões de euros).
Actualmente a instituição aplica juros de 0% tanto para a liquidez que cede para os bancos emprestarem às grandes empresas ou às instituições financeiras que se comprometam a aumentar de forma generalizada o financiamento à economia. Seria nestas duas linhas que as taxas negativas seriam introduzidas, de acordo com a agência noticiosa.
Uma decisão em relação a estas possíveis novas medidas de estímulo para estancar a apreciação do iene e reanimar as perspectivas de inflação é esperada na próxima reunião do Banco do Japão, entre 27 e 28 de Abril.
Em reacção à notícia da Bloomberg, os títulos do sector bancário no Japão dispararam e o índice Nikkei encerrou a valorizar 1,2% para 17.572,49 pontos. O iene cede 0,932% para os 0,0091 dólares às 9:41.