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Banco de Inglaterra mantém os mesmos níveis de expansão monetária
Os legisladores do Banco de Inglaterra resolveram manter os estímulos à economia depois do governador Mervyn King ter concluído a sua última reunião no cargo afirmando que a recuperação ainda não é forte o suficiente para garantir a “velocidade de fuga” que o seu sucessor, Mark Carney, procura.
Os nove membros do Comité de Política Monetária mantiveram o seu objectivo para a compra de obrigações no valor de 375 mil milhões de libras, cerca de 440 mil milhões de euros, um valor em linha com as estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg.
A manufacturação e os serviços britânicos fortaleceram-se em Maio, ajudando a nação na emissão de bilhetes do Tesouro, numa altura em que os investidores apostam numa perspectiva constante de expansão monetária. Enquanto King afirmou que “há sinais de recuperação”, o crescimento não é tão rápido como desejaria.
“Como é a última reunião de King, não haverá mudanças na política”, afirmou Brian Hilliard, economista do Société Générale, e antigo funcionário do banco. “Esperem pelo novo homem e depois tenham uma discussão fresca sobre a perspectiva e as opções disponíveis”.
O Banco de Inglaterra também manteve a taxa de juro a 0,5%, um recorde mínimo. Em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) também manteve a taxa de juro a 0,5% depois do corte efectuado no mês passado.
“King ficará lisonjeado por deixar o cargo numa altura em que o crescimento está a aumentar, ainda que seja difícil para algum de nós estar satisfeito”, afirmou Kate Barker, que se retirou do Comité de Política Monetária em 2010.