Notícia
Banco de Inglaterra mantém juros. Incerteza do Brexit diminuiu, mas falta saber quanto
O banco central britânico decidiu manter os juros diretores nos 0,75%. No comunicado admite que a incerteza sobre o Brexit diminuiu, mas falta saber qual o impacto nas famílias e empresas.
O Banco de Inglaterra (BOE) decidiu manter os juros diretores nos 0,75% na reunião de política monetária desta quinta-feira, 19 de dezembro, com sete votos a favor e dois contra, tal como na reunião anterior em que dois membros defenderam um corte dos juros.
No comunicado, o banco central britânico considera que o PIB deverá acelerar ao ser sustentado pela "redução de incertezas relacionadas com o Brexit" - dada a vitória eleitoral com maioria do Partido Conservador de Boris Johnson -, maiores gastos públicos e uma recuperação "modesta" do crescimento mundial.
"Dado que se espera que o acordo de saída da UE seja ratificado antes do final do prazo de janeiro, é possível que o sentimento das famílias e das empresas aumente no curto prazo", antecipam as minutas da reunião. Esta foi a primeira reunião de política monetária desde a realização das eleições nacionais.
No entanto, o BOE aguarda ainda por mais sinais sobre o real impacto da redução da incerteza relacionada com a saída do Reino Unido da União Europeia agendada atualmente para 31 de janeiro, a mesma data em que Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra, abandona o cargo. "Ainda não há evidências sobre quanto é que as incertezas relacionadas com as políticas diminuíram entre as empresas e as famílias", lê-se no comunicado, onde também se refere que tal também dependerá das discussões sobre a futura relação comercial com a UE.
É que, caso a incerteza à volta do Brexit continue (ou aumente), o banco central poderá ter de agir, nomeadamente com a redução das taxas diretoras, para manter o crescimento e a inflação a caminho da meta. O mesmo acontecerá se o crescimento mundial, com a expectável diminuição das tensões comerciais, não recuperar no próximo ano.
Mas, para já, o caminho não deve ser esse, na opinião da maioria dos membros do comité de política monetária. Uma descida dos juros foi defendida apenas por dois membros, Michael Saunders e Jonathan Haskel, tal como na reunião anterior.
Apesar de o BOE ter resistido à tendência de redução dos juros que se observou nos EUA, na Zona Euro e noutras economias, as expectativas (80% de probabilidade) dos mercados é que o banco central terá de cortar os juros até ao final do próximo ano.
Ainda em aberto está o nome do sucessor de Mark Carney, que vai trabalhar para as Nações Unidas (ONU), cujo processo de substituição será agora conduzido pelo novo Governo de Boris Johnson. Esta foi, em princípio, a última reunião de Carney à frente do BOE. A próxima reunião de política monetária ocorre a 4 de fevereiro.
Na reunião de hoje, o Banco de Inglaterra reviu em baixa o crescimento do PIB em cadeia do quarto trimestre de 0,2% para 0,1% e manteve a previsão de inflação de 1,25%, abaixo da meta de 2%.
No comunicado, o banco central britânico considera que o PIB deverá acelerar ao ser sustentado pela "redução de incertezas relacionadas com o Brexit" - dada a vitória eleitoral com maioria do Partido Conservador de Boris Johnson -, maiores gastos públicos e uma recuperação "modesta" do crescimento mundial.
No entanto, o BOE aguarda ainda por mais sinais sobre o real impacto da redução da incerteza relacionada com a saída do Reino Unido da União Europeia agendada atualmente para 31 de janeiro, a mesma data em que Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra, abandona o cargo. "Ainda não há evidências sobre quanto é que as incertezas relacionadas com as políticas diminuíram entre as empresas e as famílias", lê-se no comunicado, onde também se refere que tal também dependerá das discussões sobre a futura relação comercial com a UE.
É que, caso a incerteza à volta do Brexit continue (ou aumente), o banco central poderá ter de agir, nomeadamente com a redução das taxas diretoras, para manter o crescimento e a inflação a caminho da meta. O mesmo acontecerá se o crescimento mundial, com a expectável diminuição das tensões comerciais, não recuperar no próximo ano.
Mas, para já, o caminho não deve ser esse, na opinião da maioria dos membros do comité de política monetária. Uma descida dos juros foi defendida apenas por dois membros, Michael Saunders e Jonathan Haskel, tal como na reunião anterior.
Apesar de o BOE ter resistido à tendência de redução dos juros que se observou nos EUA, na Zona Euro e noutras economias, as expectativas (80% de probabilidade) dos mercados é que o banco central terá de cortar os juros até ao final do próximo ano.
Ainda em aberto está o nome do sucessor de Mark Carney, que vai trabalhar para as Nações Unidas (ONU), cujo processo de substituição será agora conduzido pelo novo Governo de Boris Johnson. Esta foi, em princípio, a última reunião de Carney à frente do BOE. A próxima reunião de política monetária ocorre a 4 de fevereiro.
Na reunião de hoje, o Banco de Inglaterra reviu em baixa o crescimento do PIB em cadeia do quarto trimestre de 0,2% para 0,1% e manteve a previsão de inflação de 1,25%, abaixo da meta de 2%.