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Turquia realiza eleições legislativas antecipadas em Novembro
Depois de o primeiro-ministro turco indigitado Ahmet Davutoglu ter devolvido formalmente ao presidente o mandato para negociar a formação de um Governo de coligação com a oposição, Recep Tayyip Erdogan anunciou que o país volta às urnas em Novembro.
"Se Deus quiser, a Turquia vai voltar a votar em novas eleições legislativas a 1 de Novembro", disse Erdogan aos jornalistas, acrescentando que este se vai reunir com o presidente do parlamento na próxima segunda-feira para as disposições necessárias.
Nas eleições de 7 Junho deste ano, o partido do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, não conquistou a maioria absoluta pretendida, sendo então forçado a encetar negociações tendo em vista a formação de um governo de coligação suportado por uma maioria parlamentar sólida, algo que não se verificou.
Estas eleições foram marcadas pelo resultado obtido pelo Partido Democrático do Povo (HDP), que pela primeira vez conseguiu entrar no parlamento, tendo eleito 79 deputados. A formação conseguiu ultrapassar o patamar mínimo de 10% exigido para entrar no parlamento, tornando-se assim no primeiro partido pró-curdo a consegui-lo.
Além do impasse politico, a Turquia lançou a 24 de Julho um "ataque indiscriminado contra o terrorismo", que além de presumir o combate contra o Estado Islâmico, pressupõe também o retomar de hostilidades contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que Ancara classifica como "terrorista". Cinco dias depois da proclamação da guerra contra o terrorismo, as forças turcas avançaram com uma pesada incursão militar contra elementos do PKK no Curdistão turco.
Estas acções surgiram como resposta aos atentados conduzidos em território turco em Julho deste ano. Nomeadamente, o atentado suicida que causou pelo menos 28 mortos e uma centena de feridos na localidade de Suruç e à explosão de um carro armadilhado resultou na morte de dois soldados turcos, e quatro feridos.