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Trump não vai abrir investigação contra Clinton
Uma das responsáveis da campanha eleitoral do presidente eleito dos Estados Unidos revelou que Donald Trump não irá abrir nenhuma investigação criminal contra Hillary Clinton.
Afinal a indicação subentendida na entrevista concedida ao programa "60 Minutes" da CBS é mesmo para cumprir. Donald Trump não tenciona abrir uma investigação criminal contra Hillary Clinton devido ao caso dos e-mails enviados pela então secretária de Estado através da sua conta pessoal de correio electrónico.
Numa entrevista concedida por Kellyanne Conway, umas das responsáveis máximas da campanha eleitoral de Donald Trump, ao programa "Morning Joe", da MSNBC, esta colaboradora do presidente eleito sustentou que qualquer decisão no sentido de abrir uma investigação contra Clinton representaria uma enorme quebra com os protocolos político e judicial.
Para Conway essas são competências que cabem ao Procurador-geral e ao FBI, que devem ter total autonomia para decidir sobre a abertura ou encerramento de investigações sem sofrerem pressões provenientes da Casa Branca.
Citada pela CNN, Conway afirmou que "penso que quando o presidente eleito, que está também no topo do partido, diz ainda antes de tomar posse que não pretende avançar com estas investigações, isso envia uma muito forte mensagem".
Escassos dias depois das presidenciais norte-americanas, Trump afirmou repetidamente na entrevista à CBS que "não os quero prejudicar, eles são boas pessoas". Trump referia-se ao casal Clinton e deixava no ar a ideia de que afinal não iria ordenar uma investigação contra a candidata democrata derrotada. No entanto, Trump terminava dizendo que daria uma resposta definitiva sobre a matéria numa próxima entrevista ao "60 Minutes".
Durante o segundo debate entre Trump e Clinton realizado no início de Outubro, o candidato republicano garantia que se vencesse iria dar instruções ao seu Procurador-geral para nomear um procurador especial para investigar a antiga primeira-dama.
Além desta garantia Trump referiu-se diversas vezes a Clinton como uma pessoa "desonesta", suscitando nas acções de campanha gritos em que a plateia apelava à "prisão" da candidata.
"Acho que ele [Trump] tem estado a pensar em muitas coisas diferentes à medida que se prepara para ser presidente dos Estados Unidos, e questões relacionadas com a campanha não estão entre as mesmas", explicou Kellyanne Conway.
Ainda assim Conway realça que Clinton "continua a ter de enfrentar o facto de que a maioria dos americanos não a considera uma pessoa honesta nem de confiança", acrescentando que Trump "pode ajudá-la a cicatrizar" esta questão o que "talvez até seja algo bom".