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Trump: "Não estamos numa guerra comercial com a China"

Donald Trump negou esta quarta-feira que os EUA estejam em guerra comercial com a China, num dia em que novas tarifas sobre produtos americanos foram anunciadas por Pequim.

Damir Sagolj
Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 04 de Abril de 2018 às 13:15

O presidente norte-americano recorreu ao Twitter para tentar afastar os receios de uma guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais. Isto depois de ontem ter sido publicada a lista dos 1.300 produtos chineses que vão passar a ter tarifas adicionais para entrar nos EUA.

Entretanto a China respondeu, anunciando novas tarifas sobre importações dos EUA num valor total de 50 mil milhões de dólares, em resposta a igual medida tomada por Washington. Neste caso, ainda não há uma lista, mas foi revelado que seriam afectados 106 produtos, ainda que o bolo final seja idêntico ao dos EUA.

No Twitter, Trump escreveu: "Não estamos numa guerra comercial com a China, essa guerra foi perdida há muitos anos pelos tolos, ou incompetentes, que representaram os EUA. Agora temos um défice comercial de 500 mil milhões de dólares por ano, com o roubo de propriedade intelectual de outros 300 mil milhões de dólares. Não podemos deixar isto continuar!".

O espectro de uma guerra comercial nasceu após Trump, no início de Março, ter anunciado tarifas sobre as importações americanas de aço e alumínio, que seriam implementadas a todo o mundo. Contudo, isentou Canadá e México. Entretanto suspendeu também estas tarifas para os países da União Europeia, bem como para os restantes aliados, tendo introduzido assim um período de negociações. 

Estas tarifas sobre o aço e alumínio também afectaram a China, que entretanto respondeu impondo tarifas sobre produtos provenientes dos EUA, neste caso no valor de três mil milhões de dólares.

Entretanto, o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, mostrou-se confiante de que as negociações em curso entre Washington e Pequim cheguem a bom porto. Ross acredita que será alcançada uma solução negociada com a China, mas admite que as conversações exijam algum tempo dada a complexidade da negociação. 

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