Notícia
Trump deve avançar já com tarifas sobre 200 mil milhões de bens chineses
Donald Trump vai avançar com tarifas aduaneiras a mais 200 mil milhões de dólares de bens chineses na próxima semana, um valor quatro vezes superior à primeira tranche de 50 mil milhões de euros que está em vigor.
As ameaças norte-americanas são frequentes e nem sempre chegam ao terreno. Neste caso, será mesmo para avançar: segundo a Bloomberg, que cita seis fontes, o presidente norte-americano decidiu avançar com a aplicação de taxas a bens chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares, juntando-se aos 50 mil milhões de dólares que já estão no terreno.
Após a notícia, as bolsas norte-americanas deslizaram. Depois de quatro dias de subidas, que deu para renovar máximos, os índices negoceiam em terreno negativo. O Nasdaq estava inclusive a subir antes da notícia, mas passou a negociar no vermelho. O índice tecnológico perde 0,4%. Já o S&P 500 cede 0,5% e o Dow Jones desvaloriza 0,65%.
A confirmar-se, a China verá 250 mil milhões de dólares das suas exportações para os Estados Unidos em causa, cinco vezes mais do que está em vigor actualmente. Este passo de Donald Trump levará a uma escalada da guerra comercial dado que o impacto será bem maior para as duas maiores economias do mundo. A volatilidade dos mercados poderá também agravar-se.
Esta decisão estava em banho-maria até acabar o período de consulta pública cujo último dia é a próxima quinta-feira, 6 de Setembro. Assim que o prazo acabar, Donald Trump deverá anunciar oficialmente a entrada em vigor desta nova tranche de tarifas aduaneiras sobre bens chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares.
No entanto, à Bloomberg, outras fontes recomendam cautela, referindo que Trump ainda não tomou uma decisão final. Em cima da mesa pode estar a implementação gradual desta nova tranche por fases.
Se a ameaça chegar ao terreno, a China já tem uma resposta na manga, depois de ter acusado os Estados Unidos de "chantagem e pressão". A nova lista chinesa poderá afectar 60 mil milhões de dólares de importações norte-americanas e inclui tarifas entre os 5% e os 25%. Ao todo são 5.207 bens com selo "made in the USA".
Além disso, para absorver o impacto económico da guerra comercial, Pequim já decidiu avançar com o aumento da despesa pública. O objectivo é apoiar trabalhadores e desempregados afectados pelo conflito comercial com Washington. Acresce que os governos regionais vão emitir obrigações para financiar o investimento em infra-estruturas.
Este é um sinal de que as negociações entre os dois países - houve mais reuniões durante Agosto - não estão a trazer bons resultados para a resolução do conflito. Actualmente cada país tem 50 mil milhões de dólares em bens chineses e norte-americanas com tarifas.
(Notícia actualizada às 20h21 com a reacção dos mercados)
Após a notícia, as bolsas norte-americanas deslizaram. Depois de quatro dias de subidas, que deu para renovar máximos, os índices negoceiam em terreno negativo. O Nasdaq estava inclusive a subir antes da notícia, mas passou a negociar no vermelho. O índice tecnológico perde 0,4%. Já o S&P 500 cede 0,5% e o Dow Jones desvaloriza 0,65%.
Esta decisão estava em banho-maria até acabar o período de consulta pública cujo último dia é a próxima quinta-feira, 6 de Setembro. Assim que o prazo acabar, Donald Trump deverá anunciar oficialmente a entrada em vigor desta nova tranche de tarifas aduaneiras sobre bens chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares.
No entanto, à Bloomberg, outras fontes recomendam cautela, referindo que Trump ainda não tomou uma decisão final. Em cima da mesa pode estar a implementação gradual desta nova tranche por fases.
Se a ameaça chegar ao terreno, a China já tem uma resposta na manga, depois de ter acusado os Estados Unidos de "chantagem e pressão". A nova lista chinesa poderá afectar 60 mil milhões de dólares de importações norte-americanas e inclui tarifas entre os 5% e os 25%. Ao todo são 5.207 bens com selo "made in the USA".
Além disso, para absorver o impacto económico da guerra comercial, Pequim já decidiu avançar com o aumento da despesa pública. O objectivo é apoiar trabalhadores e desempregados afectados pelo conflito comercial com Washington. Acresce que os governos regionais vão emitir obrigações para financiar o investimento em infra-estruturas.
Este é um sinal de que as negociações entre os dois países - houve mais reuniões durante Agosto - não estão a trazer bons resultados para a resolução do conflito. Actualmente cada país tem 50 mil milhões de dólares em bens chineses e norte-americanas com tarifas.
(Notícia actualizada às 20h21 com a reacção dos mercados)