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Ford cancela importação de carros da China por causa de Trump

A empresa norte-americana decidiu mudar de planos depois de Donald Trump ter impostos uma taxa de 25% às importações de carros produzidos na China, onde a Ford tem uma fábrica.

O FCE Bank, financeira da Ford, foi a segunda instituição mais reclamada nos créditos aos consumidores, no ano passado. Obteve 1,56 reclamações por cada 1.000 contratos.
Jeff Kowalsky / Bloomberg
31 de Agosto de 2018 às 17:00
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A fabricante de automóveis norte-americana carregou no travão nas importações de carros que estão a ser montados na sua fábrica na China. A decisão foi anunciada esta sexta-feira, dia 31 de Agosto, numa conferência com analistas. Em causa estão as tarifas que Donald Trump já impôs aos bens chineses, na ordem dos 50 mil milhões de dólares, mais os 200 mil milhões de dólares que devem chegar ao terreno na próxima semana.

"Tivemos de fazer uma avaliação na rentabilidade desse projecto particular", assumiu Kumar Galhotra, o presidente da Ford norte-americana, citado pela Bloomberg. Esse projecto era o Ford Focus Active e passava por importar este modelo que está a ser produzido na China daqui a um ano para os Estados Unidos. 

Contudo, a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar tarifas aduaneiras de 25% aos carros importados com origem na China fez recuar a Ford. Este custo adicional requeria um investimento adicional face ao esperado, o que não compensaria uma vez que as estimativas de vendas apontavam para menos de 50 mil unidades ao ano.

Segundo a Ford, o modelo deixaria de ser tão rentável uma vez que os custos iriam subir "substancialmente". A empresa norte-americana preferiu alocar os recursos de outra forma, referiu Kumar Galhotra.

A colisão entre os interesses da Ford e os de Donald Trump já tinha acontecido no passado. Depois de atacar a Ford porque a empresa queria construir uma fábrica no México (e de ter ameaçado com mais impostos), o presidente norte-americano elogiou a empresa por decidir cancelar esse investimento em detrimento de um investimento de 670 milhões de euros na criação de uma unidade de produção no estado norte-americano do Michigan para criar 700 empregos no desenvolvimento de automóveis autónomos e eléctricos.

De acordo com a Bloomberg, a situação financeira da fabricante de automóveis tem vindo a deteriorar-se. Isto porque no mercado norte-americano as margens de lucro têm estado a encolher de forma significativa nos últimos anos. No ano passado a empresa mudou de CEO por causa dos maus resultados.
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