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Trump: Acordo comercial com Pequim só depois de reunião com Xi Jinping

No dia em que se encontra com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, o presidente dos Estados Unidos avisou que não será fechado nenhum acordo comercial com a China sem que antes se reúna com o presidente Xi Jinping a fim de superar os principais obstáculos negociais.

Reuters
31 de Janeiro de 2019 às 15:12
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Ainda não será desta que os Estados Unidos e a China alcançam um acordo capaz de pôr termos à disputa comercial que dura há meses entre as duas maiores economias mundiais. Invariavelmente via Twitter, o presidente norte-americano Donald Trump avisou que não será firmado nenhum acordo sem que antes possa reunir-se com o homólogo chinês Xi Jinping.

A garantia dada por Trump surge no dia em que o presidente dos EUA recebe, na Sala Oval da Casa Branca, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He. Este será o encontro ao mais alto nível desde que, a 1 de dezembro, foi anunciada uma trégua de 90 dias, que termina a 1 de março, data a partir da qual, à falta de um acordo comercial, entra em vigor a tarifa aduaneira reforçada de 25% sobre cerca de metade dos bens importados da China (aplicada a produtos num valor em torno de 200 mil milhões de dólares).

Trump explicou que no futuro próximo será necessária uma nova reunião com o presidente chinês de forma a superar os principais obstáculos que impedem um compromisso final. De acordo com o The Wall Street Journal, Trump convidou Xi para um encontro já em fevereiro, com Pequim a sugerir uma visita do presidente americano à China em meados de fevereiro – altura em que o líder americano realiza uma cimeira com o congénere norte-coreano Kim Jong-un.

No entanto, segundo escreve a agência Bloomberg, até ao momento as autoridades chinesas não parecem disponíveis para corresponder às exigências de Washington, sobretudo em duas áreas-chave: as transferências "forçadas" de tecnologia de empresas dos EUA para companhias chinesas e as reformas "estruturais" na economia chinesa, designadamente os apoios estatais concedidos por Pequim às empresas nacionais e que a Casa Branca considera ser uma discriminação face ao investimento estrangeiro. 

Mesmo assim o tom de Trump foi otimista quanto ao decurso das negociações, que seguem a um ritmo "intenso" de trabalho e que estão a "correr bem". Contudo, ainda esta quarta-feira o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, notou que o prolongar das negociações pode agravar a incerteza e dificultar a capacidade de atuação dos investidores.  

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