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China promete aumento "substancial" das compras de bens dos EUA

A próxima ronda de negociações acontece em meados de fevereiro. O prazo para as tréguas comerciais termina no final do mês.

Reuters
01 de Fevereiro de 2019 às 08:51
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Há sinais positivos nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, embora os dois países ainda pareçam ainda longe de um acordo quando falta um mês para o término do período de tréguas entre as duas maiores economias do mundo.

 

Depois de dois dias de negociações em Washington, Pequim prometeu aumentar de forma "substancial" a compra de bens dos Estados Unidos, refere uma notícia da agência estatal chinesa Xinhua, dando conta de progressos nas negociações.

 

Já ontem o presidente dos Estados Unidos tinha anunciado "enormes progressos" nas negociações comerciais entre os dois países. O presidente dos EUA vai enviar dois representantes de topo a Pequim em meados deste mês, para que as negociações sejam retomadas a tempo de ser fechado um acordo antes de 1 de março.

 

O secretário do Tesouro Steven Mnuchin e o secretário do comércio Robert Lighthizer vão tentar novos progressos nas negociações, embora Trump já tenha referido que um acordo só será assinado após um encontro entre os presidentes dos dois países.

 

Embora ambas as partes salientem os progressos alcançados nas negociações, foram poucos os detalhes revelados.

 

Segundo a Xinhua, a China comprometeu-se a aumentar a aquisição de produtos agrícolas e energéticos, bem como serviços norte-americanos. Foi também acordado que os dois países vão reforçar a cooperação ao nível da propriedade intelectual.

 

Mas no comunicado que emitiu, a Casa Branca não revela nenhum dos compromissos assumidos entre ambas as partes. E reitera a ameaça de reintroduzir as tarifas a 1 de março, se não forem alcançados progressos "satisfatórios".

 

Até ao momento, sublinhava a Bloomberg esta quinta-feira, as autoridades chinesas não parecem disponíveis para corresponder às exigências de Washington, sobretudo em duas áreas-chave: as transferências "forçadas" de tecnologia de empresas dos EUA para companhias chinesas e as reformas "estruturais" na economia chinesa, designadamente os apoios estatais concedidos por Pequim às empresas nacionais e que a Casa Branca considera serem uma discriminação face ao investimento estrangeiro. 

Recorde-se que foi em inícios de dezembro, durante a cimeira do G20 na Argentina, que os dois países selaram uma trégua de 90 dias, entre 1 de dezembro e 1 de março, que suspende as taxas alfandegárias dos Estados Unidos sobre os produtos chineses e as sobretaxas impostas pela China a viaturas e peças automobilísticas fabricadas nos Estados Unidos.

 

Nessa altura, Pequim comprometeu-se ainda a voltar a comprar soja aos Estados Unidos e a apresentar um projeto de lei para proibir a transferência forçada de tecnologia.

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