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Trump anuncia "enormes progressos" nas negociações comerciais com Pequim
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que foram feitos "enormes progressos" nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China para chegar a um acordo que ponha termo à guerra comercial em curso.
Numa carta lida na Sala Oval da Casa Branca por um membro da delegação chinesa, o Presidente chinês, Xi Jinping, considera que as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China estão numa etapa "fundamental".
"Espero que as duas partes continuem a trabalhar com respeito mútuo" e "espero que mantenhamos um contacto estreito de diferentes maneiras", acrescentou.
Por seu lado, Donald Trump, que classificou esta carta como "magnífica", sublinhou que as duas partes, reunidas desde quarta-feira em Washington, avançaram nas suas discussões.
Em seguida, virando-se para o chefe da equipa negocial norte-americana, Robert Lighthizer, anunciou que os negociadores norte-americanos se deslocarão à China "no início de fevereiro".
O chefe de Estado indicou ainda que não foi abordado um eventual prolongamento da trégua na guerra comercial, cujo prazo termina a 1 de março, referindo também que o encontro com Xi Jinping "ainda não foi organizado".
Já hoje Trump tinha escrito na rede social Twitter que iria reunir-se com o dirigente chinês "num futuro próximo" para resolver "alguns dos pontos mais difíceis" em discussão.
Até ao momento, sublinhava a Bloomberg esta quinta-feira, as autoridades chinesas não parecem disponíveis para corresponder às exigências de Washington, sobretudo em duas áreas-chave: as transferências "forçadas" de tecnologia de empresas dos EUA para companhias chinesas e as reformas "estruturais" na economia chinesa, designadamente os apoios estatais concedidos por Pequim às empresas nacionais e que a Casa Branca considera serem uma discriminação face ao investimento estrangeiro.
Recorde-se que foi em inícios de dezembro, durante a cimeira do G20 na Argentina, que os dois países selaram uma trégua de 90 dias, entre 1 de dezembro e 1 de março, que suspende as taxas alfandegárias dos Estados Unidos sobre os produtos chineses e as sobretaxas impostas pela China a viaturas e peças automobilísticas fabricadas nos Estados Unidos.
Nessa altura, Pequim comprometeu-se ainda a voltar a comprar soja aos Estados Unidos e a apresentar um projecto de lei para proibir a transferência forçada de tecnologia.
Desde então, a China baixou as taxas alfandegárias sobre veículos importados dos EUA e recomeçou a comprar soja do país. Trump suspendeu o aumento, de 10% para 25%, nas taxas alfandegárias sobre 200.000 milhões de dólares (175.000 milhões de euros) de bens chineses.