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Negociações comerciais EUA-China terminam sem sinal de progresso

Terminada a última ronda de conversações entre as duas maiores economias do mundo, não existem sinais de avanços substanciais em direção a um acordo. Aguardam-se ainda as comunicações oficiais.

Damir Sagolj /Reuters
31 de Julho de 2019 às 10:06
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A reunião de dois dias entre responsáveis dos Estados Unidos e da China, com o objetivo de alcançar um acordo comercial entre os dois países, já terminou. E terminou sem quaisquer sinais de avanço, assinala a Bloomberg.

A mais recente ronda de negociações entre as duas potências foi a primeira no espaço de três meses, numa altura em que a disputa que tem afetado o crescimento das economias a nível mundial se prolonga há cerca de um ano.

Representantes norte-americanos, como o secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, e o responsável pela pasta do Comércio, Robert Lighthizer, estiveram reunidos com altos-cargos do Governo chinês, como o vice-primeiro ministro Liu He, em Xangai, esta terça e quarta-feira. A novidade terá sido a relevância que o responsável do comércio chinês, Zhong Shan, terá ganho nesta ronda – este que é percebido como um negociador difícil.

O primeiro contacto terá sido no jantar de terça-feira, que terá servido para criar uma relação entre as partes, não tendo sido substancialmente abordada a temática das divergências comerciais.

Já esta quarta-feira, os americanos foram vistos a dirigir-se ao aeroporto, assinalando o fim do encontro, que terá ocorrido de forma cordial, ainda de acordo com a mesma agência noticiosa. Esperam-se agora comunicações oficiais de ambas as partes.

O pessimismo em torno das negociações foi adensado ontem, quando o presidente dos Estados Unidos publicou na respetiva conta Twitter várias críticas à China. Trump acusou a China de não ter avançado com a promessa de comprar mais produtos agrícolas aos Estados Unidos, acusando este país de inação e de "mudar sempre o acordo (comercial) em seu benefício". Um esforço que, na ótica do líder da Casa Branca, irá prejudicar Pequim, que acabará por ter um acordo "muito mais duro do que aquele que está agora a ser negociado… ou nenhum acordo".

A China já respondeu, através da edição desta quarta-feira do Diário do Povo, publicação controlada pelo Estado. O jornal veicula que Pequim não pretende atacar os Estados Unidos mas não fará cedências que afetem aqueles que são os seus princípios comerciais.

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