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China fala em "progressos importantes". Negociações com os EUA continuam na próxima semana

O presidente chinês considera que as negociações comerciais desta semana registaram "progressos importantes". Na próxima semana, as duas maiores economias do mundo vão continuar a negociar em Washington.

Saul Loeb/Reuters
15 de Fevereiro de 2019 às 13:20
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Dado que se aproxima o dia 1 de março, data em que as tréguas acabam, a China e os EUA estão a impor um ritmo mais forte nas negociações comerciais. Esta semana o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, esteve em Pequim e, segundo o presidente chinês, as reuniões registaram "progressos importantes". Na próxima semana, os responsáveis chineses vão estar em Washington.

Esta sexta-feira, 15 de fevereiro, Xi Jinping reuniu com Mnuchin e o representante norte-americano para o comércio, Robert Lighthizer, e disse à televisão estatal, citada pela Reuters, que as negociações entre as duas equipas "alcançaram progressos importantes". "Na próxima semana, ambos os lados vão encontrar-se novamente em Washington. Espero que continuem os esforços para que se alcance um acordo mutuamente benefíco, um acordo 'win-win'", acrescentou.

O presidente chinês assegurou que a China está disposta a ter uma "abordagem cooperativa" para acabar com a disputa comercial. Do lado norte-americano, o secretário do Tesouro apelidou as conversações no Twitter de "produtivas". Aumenta assim o otimismo em relação a um possível acordo entre as duas maiores economias, pondo fim às tarifas comerciais que foram impostas por ambos em 2018 e que explicam, em parte, a travagem económica mundial. 

Contudo, ainda não existem detalhes de nenhum dos lados sobre como é que a disputa vai ser resolvida nem qual o calendário que está em cima da mesa. Segundo a Bloomberg, o presidente norte-americano está disposto a prolongar as tréguas - período em que os países não impõem mais tarifas - por mais 60 dias se houver um acordo iminente que precise de mais negociação técnica.

No entanto, o diretor do Conselho Económico Nacional, Larry Kudlow, garantiu que essa decisão está por tomar. Se as tréguas acabarem, a tarifa aplicada sobre 200 mil milhões de dólares de importações chinesas subirá de 10% para 25%.

Fontes da Reuters e da Bloomberg indicam que nos pontos de maior importância não existiu progresso substacional. "Ainda existe muita distância entre as duas partes nos assuntos estruturais", sintetiza uma das fontes. A falta de progresso poderá bloquear um possível encontro entre Xi Jinping e Donald Trump, que tem vindo a ser noticiado nos últimos dias. Mas, ao mesmo tempo, há quem encare esse encontro como o desbloqueador final do impasse entre os dois Governos.

No início deste mês, a China comprometeu-se a aumentar a aquisição de produtos agrícolas e energéticos, bem como de serviços norte-americanos para diminuir o excedente comercial com os EUA, que tem batido recordes. Mais complicado será chegar a acordo sobre as transferências de tecnologia norte-americana para empresas chinesas e as reformas "estruturais" na China, nomeadamente os apoios estatais concedidos por Pequim às empresas nacionais, que a Casa Branca considera serem uma discriminação face ao investimento estrangeiro.
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