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Wall Street treme com ataques de Trump à China e à Fed
Esta terça e quarta-feira, Estados Unidos e China encontram-se para discutir um possível acordo comercial e a Fed reune-se para definir a política monetária. Trump lança críticas na direção dos rivais comerciais e do banco central.
A bolsa nova-iorquina abriu no vermelho depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter atacado a China através da sua conta no Twitter, no mesmo dia em que responsáveis de ambos os países se reúnem para dar início a uma nova ronda de negociações comerciais. Em declarações aos jornalistas, Trump também não poupa a Fed, na véspera da decisão do banco central.
O generalista S&P 500 perde 0,61% para os 3.002,50, o tecnológico Nasdaq Composite desce 0,71% para os 8.234,23 e o industrial Dow Jones recua 0,52% para os 27.080,45 pontos.
China is doing very badly, worst year in 27 - was supposed to start buying our agricultural product now - no signs that they are doing so. That is the problem with China, they just don’t come through. Our Economy has become MUCH larger than the Chinese Economy is last 3 years....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 30, 2019
Donald Trump acusa a China de não ter avançado com a promessa de comprar mais produtos agrícolas aos Estados Unidos, acusando este país de inação e de "mudar sempre o acordo (comercial) em seu benefício". Um esforço que, na ótica do líder da Casa Branca, irá prejudicar Pequim, que acabará por ter um acordo "muito mais duro do que aquele que está agora a ser negociado… ou nenhum acordo". Trump sublinha que a economia americana é "muito maior" que a chinesa e que este foi o pior ano dos últimos 27 para a economia rival.
As críticas não são dirigidas apenas para fora do país: dentro dos Estados Unidos, Trump critica também o banco central. O presidente norte-americano avançou em declarações aos jornalistas que "a Fed atuou demasiado cedo e severamente", confessando que gostaria de ver o fim da política monetária mais restritiva ("quantitative tightening") e afirmando que defende um "grande corte nos juros".
Os economistas estimam que a fed anuncie amanhã um corte de 25 pontos base na taxa de juro de referência, no que será a primeira descida de juros da última década.