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Guerra comercial afunda petróleo. Cai mais de 8%, o que não acontecia desde 2015
Os preços do petróleo seguem a cair fortemente nos principais mercados internacionais, a reagirem ao anúncio de novas tarifas aduaneiras dos EUA sobre produtos chineses.
As cotações do "ouro negro" estão a afundar, depois de o presidente norte-americano ter dito que vai impor tarifas aduaneiras adicionais sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de produtos chineses que entrem no país.
As bolsas reagiram de imediato em queda, com os investidores a refugiarem-se nas obrigações – cujos juros, que negoceiam de forma inversamente proporcional, estão em mínimos de 2016 no vencimento a 10 anos.
O petróleo também reagiu de imediato e nos EUA segue a perder mais de 8%, naquela que é a maior queda diária desde fevereiro de 2015.
O contrato de setembro do West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA que é negociado em Nova Iorque, cai 8,13% para 53,82 dólares por barril.
No mercado londrino, o Brent do Mar do Norte para entrega em setembro recua 7,27% para 60,32 dólares.
Os receios de que a guerra comercial contribua para a desaceleração económica mundial, levando a uma menor procura por esta matéria-prima, imperam esta tarde nos mercados.
Além disso, a atividade industrial nos EUA também abrandou, o que reforçou a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana possa cortar os juros em mais 50 pontos base até ao final do ano.
(notícia atualizada às 20:06)