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Negociação comercial EUA-China em suspenso à espera de feedback de Trump
As conversações entre Pequim e Washington para equilibrar a relação comercial entre as duas maiores economias mundiais foram, para já, concluídas e… suspensas. As equipas negociais aguardam indicações da Casa Branca para prosseguir diálogo.
Os responsáveis intermédios pela negociação para travar a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos concluíram esta fase negocial, aguardando agora um feedback da Casa Branca para poderem retomar as conversações.
Apesar de não haver ainda um acordo de alto nível, foram alcançados avanços que, nesta fase, permitem dar por concluídas negociações. Agora os negociadores de ambas as partes vão aguardar indicações do presidente norte-americano Donald Trump quanto ao rumo a imprimir doravante no diálogo.
De acordo com um comunicado oficial da equipa negocial americana, ao longo da negociação foi discutida a necessidade de "mudanças estruturais" na China por forma a garantir a redução do défice comercial dos EUA na relação comercial com Pequim.
Estas alterações dizem desde logo respeito à questão premente relacionada com a proteção dos direitos de autor bem como acerca do regime fiscal aplicado às empresas estrangeiras que investem na China.
A nota divulgada pelos meios de comunicação social faz ainda referência à intenção de Pequim reforçar as compras de um conjunto de bens oriundos dos EUA, nomeadamente dos setores agrícola, energético, bens industriais e serviços.
As negociações decorreram nos últimos três dias em Pequim, isto apesar de inicialmente terem sido previstos apenas dois dias de diálogo. Seja como for, a imprensa internacional destaca o otimismo em torno de uma negociação que parece estar a correr melhor do que a anterior. Nessa ocasião, nem mesmo o encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping permitiu fechar um acordo capaz de promover maior equilíbrio na relação comercial entre os dois países.
É que em 2018 foram mutuamente aplicadas taxas aduaneiras reforçadas às importações de ambos os países no valor de milhares de milhões de dólares.