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Trump acredita em acordo comercial com a China

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, afirmou hoje que está confiante que se possa concluir um acordo comercial com a China e por fim à guerra comercial entre os dois países.

Reuters
04 de Janeiro de 2019 às 21:39
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"Acho que podemos chegar a um acordo com a China", disse o Presidente em conferência de imprensa, poucos dias antes das primeiras negociações frente-a-frente, em Pequim, entre altos funcionários dos Estados Unidos e da China.

 

O Ministério do Comércio chinês confirmou que uma delegação norte-americana de alto nível visitará Pequim, na próxima semana, para negociar um acordo que permita apaziguar as disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

 

O vice representante do Comércio dos Estados Unidos, Jeffrey Gerrish, vai liderar a delegação em conversas "ativas e construtivas", segundo o comunicado do ministério.

 

A delegação inclui ainda o subsecretário do Tesouro para os Assuntos Internacionais, David Malpass.

 

Os dois lados desejam "implementar o importante consenso alcançado na reunião na Argentina", entre os presidentes dos EUA e da China, Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente, detalhou o comunicado.

 

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou, na semana passada, que os dois lados têm mantido discussões por telefone, mas este é o primeiro frente-a-frente desde que Trump e Xi Jinping concordaram numa trégua de 90 dias, no início de dezembro.

 

Desde então, a China baixou as taxas alfandegárias sobre veículos importados dos EUA e recomeçou a comprar soja do país. Trump suspendeu o aumento, de 10% para 25%, nas taxas alfandegárias sobre 200.000 milhões de dólares (175.000 milhões de euros) de bens chineses.

 

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano "Made in China 2025", que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

 

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da concorrência externa.

 

Washington teme ainda perder o seu domínio industrial para um rival estratégico em ascensão.

 

Os dois lados subiram já as taxas alfandegárias sobre milhares de milhões de dólares de produtos oriundos dos dois países.

 

Na mesma conferência de imprensa, Donal Trump incentivou também a Apple a fabricar os seus produtos nos Estados Unidos e não na China, após a empresa ter revelado os impactos da desaceleração da segunda maior economia do mundo.

 

"A Apple fabrica os seus produtos na China e eu disse ao Tim Cook [administrador executivo da Apple], um amigo meu, para fazer os seus produtos nos Estados Unidos", disse.

 

A Apple reconheceu na quarta-feira que o seu volume de negócios no final do ano foi muito menor do que o esperado e que vendeu menos iPhone, devido à desaceleração da economia chinesa, mas também à guerra comercial desencadeada por Donald Trump.

 

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