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China confirma frente-a-frente com Estados Unidos para pôr fim à guerra comercial

Responsáveis dos EUA e da China vão encontrar-se na próxima semana, com o objectivo de pôr termo à guerra comercial entre os dois países.

Damir Sagolj/Reuters
04 de Janeiro de 2019 às 07:58
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O Ministério chinês do Comércio confirmou esta sexta-feira, 4 de Janeiro, que uma delegação norte-americana de alto nível visitará Pequim, na próxima semana, para negociar um acordo que permita apaziguar as disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O vice representante do Comércio dos Estados Unidos, Jeffrey Gerrish, vai liderar a delegação em conversas "ativas e construtivas", segundo o comunicado do Ministério.

A delegação inclui ainda o subsecretário do Tesouro para os Assuntos Internacionais, David Malpass.

Os dois lados desejam "implementar o importante consenso alcançado na reunião na Argentina", entre os presidentes dos EUA e da China, Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente, detalhou o comunicado.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou, na semana passada, que os dois lados têm mantido discussões por telefone, mas este é o primeiro frente-a-frente desde que Trump e Xi concordaram numa trégua de 90 dias, no início de dezembro.

Desde então, a China baixou as taxas alfandegárias sobre veículos importados dos EUA e recomeçou a comprar soja do país. Trump suspendeu o aumento, de 10% para 25%, nas taxas alfandegárias sobre 200.000 milhões de dólares (175.000 milhões de euros) de bens chineses.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano "Made in China 2025", que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da concorrência externa.

Washington teme ainda perder o seu domínio industrial para um rival estratégico em ascensão.

Os dois lados subiram já as taxas alfandegárias sobre milhares de milhões de dólares de produtos oriundos dos dois países.
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