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Abertura dos mercados: Dúvidas sobre negociações EUA/China deixam bolsas e petróleo no vermelho

As ações e o petróleo estão a corrigir dos ganhos de início de ano numa altura em que cresce a incerteza sobre o resultado das negociações entre os Estados Unidos e China. O dólar está em terreno negativo e o ouro em alta.

Reuters
10 de Janeiro de 2019 às 09:21
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,19% para 4.914,57 pontos
Stoxx 600 cede 0,74% para 345,12 pontos
Nikkei desvalorizou 1,29% para 20.163,8 pontos
Juro da dívida portuguesa a dez anos desce 8,5 pontos base para 1,688%
Euro 0,03% para 1,1546 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 1,2% para 60,70 dólares

 

Bolsas corrigem à espera de novidades sobre negociações EUA/China

O otimismo com as negociações entre os Estados Unidos e a China tem impulsionado os mercados bolsistas a nível global nas últimas sessões. Contudo, as reuniões decorreram durante três dias e não foram ainda divulgadas quaisquer conclusões, o que está a gerar alguma apreensão e a motivar a correção dos índices durante a sessão desta quinta-feira.

 

O Stoxx600 cede 0,74% para 345,12 pontos, sendo que os resultados apresentados por algumas cotadas europeias também contribuem para o desempenho negativo. É o caso da Osram, que afunda 7,2% depois da fabricante de lâmpadas alemã ter alertado que a fraca procura por parte do setor automóvel penalizo os resultados do quarto trimestre. O setor automóvel é precisamente o que mais penaliza as bolsas europeias, com o Stoxx Auto a ceder 1,6%.

 

A bolsa nacional está a ser contagiada por este movimento negativo, com o PSI-20 a descer 0,19% para 4.914,57 pontos e a ser pressionado pelo setor energético. A REN desliza 1,61% para os 6,10 euros, depois de ter sido conhecida a posição do Tribunal Constitucional acerca da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético: a justiça considera, ao contrário do advocado pela empresa, que esta medida do Governo não incumpre nenhum princípio constitucional.

 

Minutas da Fed penalizam dólar

A moeda norte-americana continua a perder terreno devido à perspetiva de que a Reserva Federal vai ser mais branda na subida das taxas de juro nos EUA. Esta expectativa foi ontem reforçada com a divulgação das minutas do banco central, pois a Fed revelou que "pode permitir-se se a ser paciente com mais apertos na política" monetária. 

 

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana contra as principais divisas mundiais, está a cair 0,1% e atingiu mínimo de 15 semanas. Já o euro valoriza 0,03% para 1,1546 dólares.

 

Juros da dívida portuguesa afundam após emissão

As obrigações soberanas da Zona Euro evoluem em alta, já que os sinais de abrandamento da região deverão atrasar a remoção dos estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu. Os juros da dívida portuguesa lideram o movimento negativo, depois de ontem o IGCP ter concluído uma emissão de dívida sindicada que atraiu forte procura. Foram colocados 4 mil milhões de euros a 10 anos e a taxa de juro ficou abaixo dos 2%.   

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 8,5 pontos base para 1,688%. Nas bunds com a mesma maturidade a taxa desce 1,5 pontos base para 0,264%, com a queda das bolsas a atrair os investidores para as obrigações.

 

Petróleo corrige após oito sessões em queda

O petróleo também está a corrigir, penalizado pelo impasse com as conclusões das negociações entre a China e os Estados Unidos. Os preços da matéria-prima fecharam em alta nas últimas oito sessões e desde o mínimo de 18 meses atingido na véspera de Natal as cotações já recuperaram 23%.

O WTI, que é transacionado em Nova Iorque, recua 1,36% para 51,65 dólares. O Brent, negociado em Londres, desvaloriza 1,2% para 60,70 dólares.

 

Ouro a caminho dos 1.300 dólares

O ouro negoceia em alta, tendo atingido máximos de sete meses, tirando partido da debilidade do dólar e da instabilidade nos mercados acionistas. A onça de ouro valoriza 0,2% para 1.296,39 dólares, cada vez mais próximo de quebrar a barreira dos 1.300 dólares.

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