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Paciência da Fed e negociações comerciais animam Wall Street
As bolsas americanas fecharam com ganhos, animadas pelo otimismo em torno das negociações comerciais entre China e EUA e pela postura assumida pela Fed sobre o futuro da política monetária.
As bolsas americanas voltaram a subir. Foi a quarta sessão consecutiva de ganhos, o que já não acontecia no S&P500 desde outubro. A "paciência" assumida pela Reserva Federal dos EUA sobre próximas subidas de juros no país e o otimismo criado em torno das negociações comerciais entre Washington e Pequim foram os principais responsáveis pelos ganhos em Wall Street.
O Dow Jones fechou a sessão a ganhar 0,39% para 23.879,12 pontos, o Nasdaq apreciou 0,87% para 6.957,08 pontos e o S&P500 avançou 0,41% para 2.584,96 pontos.
As indicações que têm sido deixadas quer pelos EUA quer pela China sobre as negociações comerciais apontam para um desfecho positivo, o que tem animado a negociação. Esta quarta-feira, 9 de janeiro, foi revelado que as negociações foram agora suspensas, à espera que a Casa Branca dê luz verde ao acordo alcançado entre as comitivas dos dois países, que têm estado reunidos em Pequim.
Aguarda-se agora que Donald Trump viabilize a proposta de acordo comercial. Apesar de ainda não haver acordo fechado, os investidores estão otimistas e um dos setores que mais beneficiou foi o tecnológico, com a Apple a ganhar 1,7% para 153,31 dólares, o Facebook a subir 1,19% para 144,23 dólares e a Microsoft a apreciar 1,43% para 104,27dólares.
Outra empresa que está a beneficiar desta expectativa de acordo é a Boeing, tendo subido quase 1% para 343,83 dólares.
Mas o dia não foi animado apenas pelo iminente acordo comercial. A divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA também contribuiu para os ganhos. "Muitos participantes expressaram a sua visão de que, especialmente num ambiente de ausência de pressões inflacionistas, o comité pode permitir-se a ser paciente com mais apertos na política" monetária, revelam as minutas da última reunião da Fed, que decorreu a 18 e 19 de dezembro.
Esta postura mais cautelosa assumida pelos membros da Fed ajudou a animar a negociação, numa altura em que os receios em torno do crescimento económico mundial têm contribuído para a volatilidade nos mercados bolsistas.