Notícia
Santos Silva pede ao Irão que continue a cumprir acordo e evite erros de cálculo
O ministro português dos Negócios Estrangeiros lembra que a UE tem "apelado às autoridades iranianas para não incumprirem agora" os termos do acordo sobre o programa nuclear.
25 de Junho de 2019 às 17:18
O ministro dos Negócios Estrangeiros português reforçou hoje o apelo ao Irão para que continue a cumprir o acordo nuclear e evite "erros de cálculo" que possam fazer com que a situação saia de controlo.
"A União Europeia (UE) tem dito [...] que não se verifica até ao momento nenhum incumprimento do lado do Irão e, por isso mesmo, temos apelado às autoridades iranianas para não incumprirem agora", disse Augusto Santos Silva à imprensa à margem de uma conferência em Lisboa.
Questionado sobre a proximidade da data dada pelo Irão às potências que se mantêm no acordo para que encontrem forma de contornar as sanções dos Estados Unidos, que se retiraram unilateralmente do acordo, o ministro advertiu todas as partes para o risco de atitudes precipitadas.
"A UE criou um mecanismo que está em implementação. É preciso todas as partes no Golfo terem a consciência de que, em muitas das situações criticas, a História mostra-nos que houve erros de cálculo no começo que depois desencadearam processos que as partes deixaram de poder controlar", afirmou, sublinhando que "é preciso evitar a todo o custo essa situação".
Questionado sobre se referia a comportamentos do regime iraniano, Santos Silva disse que sim, mas também dos ataques a dois petroleiros.
"Cuja autoria não conseguimos ainda determinar", salientou.
Dois petroleiros, um norueguês e outro japonês, foram alvo de ataques no estreito de Ormuz, a 13 de junho, ataques que os Estados Unidos atribuíram ao Irão, que nega qualquer envolvimento.
"O que é preciso é tentar evitar a escalada", insistiu, sublinhando que "os Estados Unidos contribuíram para essa contenção quando decidiram não retaliar algo que eles consideram ser um ataque iraniano a petroleiros internacionais".
Santos Silva reiterou que Portugal defende "uma investigação independente" àqueles "gravíssimos incidentes".
O acordo nuclear internacional de 2015 foi assinado entre o Irão e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China -- mais a Alemanha), mas Washington retirou-se unilateralmente do acordo em maio de 2018 e voltou a impor fortes sanções económicas ao Irão.
Os europeus, a China e a Rússia mantêm o seu compromisso em relação ao acordo, mas até agora, devido às sanções dos Estados Unidos, não têm sido capazes de permitir que o Irão beneficie das vantagens económicas com que contava.
"A União Europeia (UE) tem dito [...] que não se verifica até ao momento nenhum incumprimento do lado do Irão e, por isso mesmo, temos apelado às autoridades iranianas para não incumprirem agora", disse Augusto Santos Silva à imprensa à margem de uma conferência em Lisboa.
"A UE criou um mecanismo que está em implementação. É preciso todas as partes no Golfo terem a consciência de que, em muitas das situações criticas, a História mostra-nos que houve erros de cálculo no começo que depois desencadearam processos que as partes deixaram de poder controlar", afirmou, sublinhando que "é preciso evitar a todo o custo essa situação".
Questionado sobre se referia a comportamentos do regime iraniano, Santos Silva disse que sim, mas também dos ataques a dois petroleiros.
"Cuja autoria não conseguimos ainda determinar", salientou.
Dois petroleiros, um norueguês e outro japonês, foram alvo de ataques no estreito de Ormuz, a 13 de junho, ataques que os Estados Unidos atribuíram ao Irão, que nega qualquer envolvimento.
"O que é preciso é tentar evitar a escalada", insistiu, sublinhando que "os Estados Unidos contribuíram para essa contenção quando decidiram não retaliar algo que eles consideram ser um ataque iraniano a petroleiros internacionais".
Santos Silva reiterou que Portugal defende "uma investigação independente" àqueles "gravíssimos incidentes".
O acordo nuclear internacional de 2015 foi assinado entre o Irão e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China -- mais a Alemanha), mas Washington retirou-se unilateralmente do acordo em maio de 2018 e voltou a impor fortes sanções económicas ao Irão.
Os europeus, a China e a Rússia mantêm o seu compromisso em relação ao acordo, mas até agora, devido às sanções dos Estados Unidos, não têm sido capazes de permitir que o Irão beneficie das vantagens económicas com que contava.