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Revista Time elege Papa Francisco como personalidade do ano
O Papa do Povo. É desta forma que a revista Time denomina o Papa Francisco, que elegeu esta quarta-feira como a personalidade do ano.
A Time elegeu o Papa Francisco como a personalidade do ano. A revista norte-americana chama ao argentino Jorge Mario Bergoglio "Papa do Povo", a quem apelida de “superstar”.
A revista lembra que o Papa Francisco escolheu o nome de um santo humilde e acredita que irá transformar a Igreja Católica, habituada a poucas alterações.
Na “short list” da revista para personalidade do ano figuravam Edward Snowden (“O profeta negro”); Edith Windsor (“A activista improvável”), Bashar Al Assad (“O tirano letal”) e Ted Cruz (“O incendiário de celeiros”).
No ano passado a Time elegeu Barack Obama como a personalidade do ano sendo que a escolha, em 2011, recaiu sobre o manifestante. Mark Zuckerberg foi a personalidade do ano em 2010.
Contra as “desigualdades económicas e o capitalismo selvagem”
Francisco, que substituiu Bento XVI em Fevereiro depois da resignação deste último, é um papa popular, de carácter menos formal que não gosta muito do protocolo e prefere o contacto directo com os fiéis.
Estas características, como lembra a Lusa, surgiram logo nas primeiras palavras, depois da eleição, na varanda sobre a praça de S.Pedro, quando disse: "Parece que os cardeais foram procurar o novo pontífice no fim do mundo".
Alguns dias depois de ser eleito, o papa disse a centenas de jornalistas, presentes no Vaticano, que escolheu o nome de S. Francisco de Assis por ser "um homem de pobreza e um homem da paz".
Desde que foi eleito, e até à publicação, no final de Novembro, da primeira exortação apostólica "In Evangelii Gaudium" (A alegria do Evangelho, em português), Francisco tem denunciado as desigualdades económicas, o capitalismo selvagem, a exclusão social na sociedade actual.
“Enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade, na sociedade e entre vários povos, será impossível erradicar a violência. Acusamos os pobres [...] da violência, mas, sem igualdade de oportunidades, as diferentes formas de agressão e de guerra encontrarão terreno fértil, o que, tarde ou cedo, provocará a explosão", escreveu.