Notícia
Obama aparece junto a Biden e ajuda-o a angariar 11 milhões
Na primeira ação conjunta de campanha para angariação de fundos, esta terça-feira, Barack Obama ajudou o seu antigo número dois na Casa Branca e candidato presidencial democrata a arrecadar 11 milhões de euros. Foi a ação de maior sucesso na campanha de Joe Biden.
Barack Obama e Joe Biden estiveram pela primeira vez juntos, na noite desta terça-feira, para uma ação de campanha destinada a angariar fundos e que permitiu ao candidato presidencial do Partido Democrata arrecadar acima de 11 milhões de dólares.
De acordo com os números avançados pela campanha de Biden à imprensa norte-americana, este evento virtual permitiu arrecadar 7,6 milhões de dólares junto de 175 contribuidores populares, a que se somam 3,4 milhões de dólares granjeados numa ação privada com doadores ricos.
Este foi assim o evento singular de maior sucesso da campanha até aqui levada a cabo pelo antigo número dois da Casa Branca. Esta ação segue-se ainda ao melhor mês de Biden em termos de captação de dinheiro para a campanha às eleições presidenciais de 3 de novembro.
Ao longo de maio, a campanha do antigo senador democrata arrecadou 80,8 milhões de dólares, conseguindo superar, pela primeira vez, o volume de dinheiro arrecadado pela equipa que tenta conduzir Donald Trump à reeleição.
A equipa que trabalha com Barack Obama fez questão de transmitir que esta aparição marca apenas o início do ressurgimento político do antecessor de Trump, que assim se mostra comprometido em continuar a apoiar o seu número dois a chegar à Casa Branca.
"Não há ninguém em que confie mais ser capaz de curar este país e recolocá-lo no caminho certo do que o meu querido amigo Joe Biden", afirmou Obama na ação virtual.
I’m joining my friend @JoeBiden tomorrow to talk about everything that’s at stake in this election.
— Barack Obama (@BarackObama) June 22, 2020
I hope you’ll join us, too. This is a critical moment in our history––and all of us have to do our part to build this country into what we know it can be. https://t.co/diQxk3uFH2
Depois de há poucas semanas ter violado o princípio segundo o qual os ex-presidentes não criticam os presidentes em funções, tecendo duras críticas à forma como Trump geriu a pandemia, Obama avisa agora os democratas contra "complacências" que permitam ao atual presidente permanecer em funções.
Obama lembrou a eleição de 2016 para defender ser preciso aprender com as lições do passado e dar a eleição por garantida, isto apesar dos estudos de opinião favoráveis a Biden. Na opinião de Obama, observa-se um "grande despertar" da comunidade jovem norte-americana, que exige reformas, nomeadamente para superar o racismo estrutural em que o país há muito vive mergulhado.
O ex-presidente anunciou publicamente o seu apoio à candidatura do seu antigo número dois no passado mês de abril.