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Ministros das Finanças do G7 preocupados e desiludidos com tarifas impostas pelos EUA

A maioria dos ministros das Finanças do G7 mostrou hoje a sua preocupação e desilusão aos Estados Unidos perante a imposição de tarifas sobre as importações de aço e alumínio à União Europeia (UE), Canadá e México.

Reuters
02 de Junho de 2018 às 22:29
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"Os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais pediram ao secretário de Estado do Tesouro de Estados Unidos, Steven Mnuchin, que informe [a Casa Branca] da sua preocupação e desilusão unânimes", disse o ministro de Finanças do Canadá, Bill Morneau, numa conferência de impresa.

 

A decisão recente do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor taxas sobre as importações de aço e alumínio marcou a reunião dos ministros das Finanças do G7 (grupo de que fazem parte a Alemanha, o Canadá, França, Itália, o Japão, os EUA e o Reino Unido), que hoje terminou em Whistler, no Canadá.

 

Bill Morneau considerou que a decisão norte-americana "não é construtiva" e pressupõe um "desafio" para os outros países, que põe em perigo a colaboração comercial.

 

As tarifas impostas aos parceiros comerciais dos EUA - UE, Canadá e México - são o passo mais agressivo dado até agora por Trump na sua posição face ao sistema global de livre comércio, já que é o primeiro direcionado diretamente contra alguns de seus aliados mais próximos.


Numa conferência de imprensa paralela, o ministro francês de Economia, Bruno Le Maire, exigiu a Trump que dê "sinais positivos" imediatos aos seus parceiros do G7 para evitar uma escalada na guerra comercial, que já fizeram a UE e o Canadá denunciarem os EUA à Organização Mundial do Comércio (OMC).

 

O objectivo do encontro era que os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais esboçassem acordos antes da reunião do G7, que se realiza entre 08 e 09 de junho na região de Charlevoix, no Canadá.

 

Esta nova tensão comercial será um dos principais tópicos da reunião do G7, onde o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Na sexta-feira entraram em vigor as taxas às importações de aço (de 25%) e alumínio (de 10%) da União Europeia (UE), Canadá e México, uma decisão que fez disparar as tensões comerciais e gerou palavras de condenação e represálias.

 

A UE e o Canadá denunciaram a decisão dos Estados Unidos junto da OMC, organismo que se tornou o árbitro deste diferendo, já caracterizado como uma guerra comercial.

 

O governo canadiano, liderado por Justin Trudeau, ameaçou impor direitos alfandegários à entrada de produtos norte-americanos por uma soma semelhante de 16,6 mil milhões de dólares canadianos (11 mil milhões de euros).

 

O ministro das Finanças do Canadá disse esperar que a ameaça de retaliação contra os EUA convença a administração Trump a recuar nestas novas tarifas.

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